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Sucessor de Barroso, que será indicado por Lula ao STF, deve herdar casos da Lava-Jato

10/10/2025 03:01 O Globo - Rio/Política RJ

O ministro que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, deve ser o relator dos processos remanescentes da Operação Lava-Jato. Barroso foi relator desses casos por poucos dias, após Edson Fachin assumir a presidência do STF, na semana passada.  
Quando um ministro assume a presidência do STF, ele deixa a relatoria da maioria das ações que estavam sob sua responsabilidade. Os casos são passados, então, para o ministro que está deixando o comando da Corte. 
Entre esses casos, estão investigações contra o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. 
Edson Fachin era o relator da Lava-Jato desde 2017, após a morte de Teori Zavascki. Durante esses oito anos, o ministro deu uma série de decisões favoráveis à operação. Nos últimos anos, passou a ficar vencido nos julgamentos que anularam boa parte das decisões.
Além disso, o futuro ministro deve ir para a Segunda Turma, da qual Fachin fazia parte. Também integram o colegiado André Mendonça, Dias Tofolli, Gilmar Mendes e Nunes Marques. 
Toffoli é relator de uma série de processos que questionam as provas utilizadas na Lava-Jato e anulou decisões tomadas em processos contra os empresários Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro e contra o ex-ministro Antonio Palocci, entre outros investigados.
Nesses julgamentos, Gilmar Mendes e Nunes Marques costumam validar as decisões de Toffoli, enquanto Fachin e Mendonça votavam contra.

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