
Quem matou Odete Roitman: Como foram os depoimentos de César, Fátima, Heleninha e Marco Aurélio na 'Vale tudo' de 1988?
Na versão original de "Vale tudo", escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e exibida em 1988, Odete Roitman (Beatriz Segall) não foi assassinada no Copacabana Palace, como na versão de Manuela Dias em 2025, mas no apartamento que mantinha para receber os amantes. E quem foram, na época, os principais suspeitos? No capítulo 194, logo depois a morte, o delegado Arnaldo (Rogério Fróes), que cuidou do caso, começou a colher depoimentos já na mansão dos Roitman dos nomes mais prováveis.
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A primeira grande suspeita a ser ouvida foi Heleninha (Renata Sorrah). Na sala de jantar, o policial relembrou o fato de ela ter descoberto, naquela tarde, a verdade sobre o acidente de Leonardo — quem dirigia o carro que o matou era Odete e não ela. Ele, então, perguntou onde a filha da vilã foi tomar um drinque depois da reunião onde o segredo foi revelado.
"No bar que eu frequento sempre. Se o senhor quiser verificar...", disse.
"Já verificamos. Duas vezes", disse o policial. "A senhora esteve lá, bebeu, depois saiu. Voltou algum tempo depois. A senhora poderia nos dizer onde esteve durante esse tempo?".
"O que o senhor está querendo dizer? Que eu sai do bar, fui ao apartamento da minha mãe e dei um tiro nela? Muito bem, eu confesso. Fiquei com muita raiva, fiquei tão revoltada e não sabia mais o que pensar. Acho que a minha vontade foi ter dado esse tiro nela. Só que eu não dei esse tiro. Eu não matei a minha mãe".
Antes de falar com Heleninha, o delegado ouviu Afonso (Cassio Gabus Mendes). O filho de Odete disse ao policial que Fátima é "muito baixa", capaz de qualquer "sujeira pra se dar bem".
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"Mas acho que ela não transa violência. Não é por bondade, não. É por covardia mesmo"", disse o personagem, usando um bordão de César, antes de ser informado que Fátima foi a última pessoa a ser vista entrando no apartamento de Odete, de acordo com informações do porteiro. "Não, a Fátima foi procurar o César. Foi ele, delegado. Foi o César Ribeiro que matou a minha mãe".
Na delegacia
Ainda no capítulo 194, Marco Aurélio (Reginaldo Faria) foi à delegacia depor e ouviu, de cara, se notou algo diferente no apartamento de Odete durante o tempo que esteve lá no dia da morte.
"Na verdadde, nós marcamos um encontro no apartamento para resolver assuntos familiares e da empresa. mas eu fiquei o tempo todo na sala e confesso que não percebi se tinha alguém no apartamento", disse ele.
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Em 1988, Fátima passou um tempo na casa de Marco Aurélio, hospedada por Leila (inclusive, a mulher do vice-presidente da TCA, interpretada por Cássia Kis, matou Odete por engano achando que era de Fátima a sombra na parede). Arnaldo perguntou por que ela estava hospedada lá.
"Ela foi abandonada por todo mundo, pela família, pela mãe, pelo marido e até pelo ex-amante. A minha mulher ficou com pena", ele explicou, antes de dar a opinião, a pedido do policial, sobre a identidade do assassino. "A julgar pelo que nós conversamos aqui, o senhor tem os seus suspeitos. O César e a Fátima".
No capítulo seguinte, depois de o assistente do delegado procurar Fátima (Gloria Pires) na casa de Marco Aurélio e Leila, ela aparece na delegacia, logo dizendo:
"Eu teria chamado um advogado para vir comigo, mas seu convito para depor foi tão de repente. Estou aqui sob que condição: o senhor me considera uma suspeita?".
Ela então contou que foi ao apartamento de Odete para procurar César, que não morava mais lá, mas estaria no apartamento porque Odete prometeu depositar dinheiro para ele e não cumpriu. O ex-amante, então, estava cobrando essa dívida.
"Ele tinha uma chave do apartamento e resolveu ficar lá esperando por ela. Eu estava também interessada nesse dinheiro. ìamos começar uma vida nova com ele. Como Odete não estava lá, nós saímos juntos", disse Fátima, garantindo que o porteiro não os viu saindo porque não estava na portaria naquele momento. "Acho que ele fica na portaria muito menos do que devia".
César só apareceu para depor no capítulo 197, pois tinha fugido para Búzios depois da morte.
"Eu fiquei muito traumatizado com a morte brutal da Odete. Como eu não tinha nada com a história, nem pensei que fosse ser chamado para depor, eu fui dar um tempo, fui esfriar a cabeça em Búzios. Mas pelos jornais soube que o senhor estava me procurando e vim me apresentar", disse o vigarista, antes de escutar do delegado. "Só vou poder ouvir seu depoimento amanhã de manhã".
No fim do capítulo, eles se reencontraram, com César dizendo que foi procurar Odete para resolver assuntos de dinheiro.
"Odete tinha me doado uma quantia e tinha se arrependido. Eu fui lá e não a encontrei. Eu tinha a chave ainda, entrei e resolvi esperar. Não sei como a Fátima soube que eu estava lá e me pediu para entrar. Eu
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