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Nobel da Paz: veja a lista dos últimos 10 vencedores

10/10/2025 03:01 O Globo - Rio/Política RJ

O Prêmio Nobel da Paz 2025 será concedido nesta sexta-feira, em Oslo. A honraria, uma das principais premiações mundiais para reconhecimento de pessoas que desenvolvem trabalhos, ações e pesquisas em benefício da Humanidade, é escolhida por um comitê de cinco eleitos pelo Parlamento norueguês. O prêmio é de responsabilidade da Fundação Nobel, e os vencedores de cada categoria recebem um diploma, uma medalha de ouro de 18 quilates, além de um valor em dinheiro. Entre os últimos dez premiados há ativistas, organizações internacionais, jornalistas, vítimas de violência e políticos.
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2024: Nihon Hidankyo
A vencedora de 2024 foi a organização japonesa Nihon Hidankyo, um movimento popular que representa sobreviventes dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki e advoga contra a proliferação de armas atômicas. A presidência norueguesa do comitê destacou o trabalho da organização em coletar depoimentos de sobreviventes para educar o público sobre os horrores causados por essas armas.
2023: Narges Mohammadi
Em 2023, a jornalista iraniana Narges Mohammadi venceu o Nobel "por sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e a promoção dos direitos humanos e da liberdade para todos". Seus filhos receberam o prêmio em seu nome, já que naquele momento ela estava na prisão. Após passar grande parte da última década detida, Mohammadi foi libertada provisoriamente em dezembro de 2024 por razões médicas da penitenciária de Evin, em Teerã, mas recentemente recebeu ameaças de morte e seus advogados alertaram várias vezes que ela poderia ser detida novamente a qualquer momento.
2022: Ales Bialiatski, Memorial e Centro pelas Liberdades Civis
Em 2022, já em meio à guerra na Ucrânia, o prêmio teve o conflito como pano de fundo. Os vencedores foram o ativista bielorusso Ales Bialiatski e as organizações de direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro pelas Liberdades Civis, da Ucrânia. Ales Bialitski ganhou o prêmio enquanto estava preso pelo regime de Alexander Lukashenko, por atuar no movimento pró-democracia em Minsk. Em março de 2023, ele foi condenado a 10 anos de prisão.
A Memorial foi fundada em 1987 por ativistas dos direitos humanos na antiga União Soviética, com o objetivo de garantir que "as vítimas da opressão do regime comunista nunca sejam esquecidas”. Seu fundador mais notório é Andrei Sakharov, o pai da bomba de hidrogênio soviética que mais tarde se tornaria um ativista pelo desarmamento nuclear — postura que lhe rendeu o Nobel da Paz em 1975. A Memorial foi fechada em 2021, após ser classificada como "agente estrangeiro", uma tipificação legal que carrega conotações ligadas à espionagem na Rússia. Já a organização ucraniana Centro para as Liberdades Civis tem como objetivo promover os direitos humanos e a democracia na Ucrânia.
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2021: Maria Ressa e Dmitri Muratov
Em 2021, os vencedores foram os jornalistas Maria Ressa e Dmitri Muratov, por seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão — a filipina é confundadora do Rappler, um site de jornalismo investigativo, enquanto o russo fundou o jornal Novaya Gazeta [Nova Gazeta], que se manteve crítico ao presidente russo, Vladimir Putin, apesar da perseguição à imprensa. Meses após a premiação, em junho de 2022, Muratov anunciou o leilão de sua medalha, prometendo reverter o lucro para o trabalho que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) faz para ajudar crianças vítimas da guerra na Ucrânia.
2020: Programa Mundial de Alimentos da ONU
O Prêmio Nobel da Paz de 2020 foi concedido para o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas por seus esforços no combate à fome e pela necessidade de solidariedade e cooperação multilateral. Desde 1961, o PMA exerce papel central no combate à insegurança alimentar no planeta e é, hoje, a principal organização que trabalha pela erradicação da fome.
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2019: Abiy Ahmed
Em 2019 foi a vez do primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, pelo acordo que pôs fim à guerra que seu país travava com a Eritreia. Meses depois, contudo, seu governo entraria em uma guerra civil com grupos separatistas na região de Tigré, no Norte do país. Em um raro movimento, o comitê norueguês criticou o premiado, em 2022, alegando que ele tinha "responsabilidade especial" em acabar com o conflito na região.
2018: Denis Mukwege e Nadia Murad
Os premiados de 2018 foram o ginecologista Denis Mukwege, da República Democrática do Congo, e a iraquiana da minoria yazidi Nadia Murad, que escapou de ser mantida como escrava sexual do Estado Islâmico, pelo engajamento de ambos na luta contra o emprego da violência sexual como arma de guerra.
2017: Campanha Internacional de Abolição de Armas Nucleares
Em 2017, a Campanha Internacional para Abolir

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