
Nobel da Paz: como funciona eleição e quem escolhe o vencedor, que será anunciado nesta sexta-feira
O Prêmio Nobel da Paz, um dos mais aguardados e simbólicos da temporada do Nobel, será anunciado nesta sexta-feira, em Oslo. A distinção reconhece pessoas e organizações que contribuíram de forma significativa para a promoção da paz e o bem da Humanidade.
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A escolha do laureado é feita por um comitê de cinco membros nomeados pelo Parlamento da Noruega. Embora o prêmio esteja sob responsabilidade da Fundação Nobel — que organiza todas as categorias —, o Nobel da Paz é o único cuja seleção não ocorre na Suécia, e sim na Noruega, como determinou Alfred Nobel em seu testamento.
Os vencedores de cada categoria recebem um diploma, uma medalha de ouro de 18 quilates e um prêmio em dinheiro. No ano passado, a Fundação Nobel anunciou um aumento no valor da premiação: o montante passou de 10 milhões para 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,8 milhões).
O processo de seleção começa com o envio de convites a milhares de pessoas em todo o mundo — entre elas, legisladores e ministros de diferentes países, vencedores anteriores e professores universitários — para que apresentem suas indicações até o prazo final de 31 de janeiro. Os próprios membros do Comitê do Nobel também podem sugerir nomes durante sua primeira reunião anual.
Os comitês responsáveis pelas diferentes categorias recebem entre 200 e 300 indicações por ano. Na etapa seguinte, em janeiro, os nomes que melhor se encaixam nos critérios de cada prêmio são reunidos em uma lista restrita.
No caso específico do Nobel da Paz, essa lista é discutida em uma reunião do comitê, que elabora uma seleção menor de candidatos. Ela é então encaminhada para análise de conselheiros permanentes do Instituto Nobel — formado pelo diretor do instituto, pelo diretor de pesquisa e por um grupo de acadêmicos noruegueses especializados em temas relacionados à paz.
Esses consultores elaboram relatórios detalhados ao longo de alguns meses. Os documentos servem de base para que o comitê tome a decisão final, geralmente em meados de setembro. A escolha nem sempre é unânime. O nome do vencedor é mantido em sigilo até o anúncio público, feito tradicionalmente em outubro.
Por regra, as indicações que não resultam em premiação permanecem secretas por 50 anos. Desde 1974, a Fundação Nobel proíbe nomeações póstumas — mas ainda permite que pessoas anunciadas como vencedoras e que morram antes da cerimônia sejam laureadas.
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