Biólogos viralizam ao registrar momento raríssimo com tamanduá-bandeira e filhote no Pantanal; assista
Você já imaginou presenciar um dos animais mais emblemáticos do Brasil em um momento íntimo de cuidado materno — e bem diante dos seus olhos? Foi o que aconteceu com os biólogos e fotógrafos da vida selvagem Thiago Silva-Soares e Gustavo Figueirôa, que viralizaram ao registrar uma fêmea de tamanduá-bandeira carregando o filhote nas costas durante a caça, no Pantanal. O vídeo, publicado em 8 de outubro, já supera 700 mil visualizações no Instagram.
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No registro noturno, o animal aparece tranquilo, caminhando e se alimentando, enquanto os pesquisadores, emocionados, se abraçam em silêncio para não assustar a mãe. “Em mais de uma década de experiência no Pantanal, esse foi o encontro mais fod… incrível com um tamanduá-bandeira que já tive, sem dúvida”, escreveu Thiago na legenda. Segundo ele, foram mais de 20 minutos acompanhando a dupla a menos de três metros. “Afinal, ela ainda tem literalmente uma criança nas costas para cuidar…”, brincou.
O momento não tocou apenas quem estava lá. Nos comentários, seguidores celebraram a cena como um presente: “Maior felicidade da vida, testemunhar animais vivendo em vida livre como deveria acontecer o tempo todo e com todos”, escreveu uma internauta. Outra completou: “Não sou bióloga, não estou no Pantanal, e surtei do meu sofá!”.
A empolgação do público tem explicação científica: esse tipo de encontro é realmente incomum. Segundo a National Geographic, tamanduás-bandeira são solitários, possuem baixa taxa reprodutiva e seus filhotes desenvolvem camuflagem eficiente, o que reduz as chances de avistamento. Além disso, os pequenos permanecem nas costas da mãe até cerca dos seis meses, período em que praticam a exploração do território e se alimentam sob proteção. A independência total só vem por volta dos dois anos.
A observação fica ainda mais rara porque, apesar de também serem vistos de dia, os tamanduás-bandeira têm hábitos majoritariamente noturnos — o que exige ainda mais sorte e paciência dos pesquisadores para encontrá-los.
Por fim, o flagrante reforça a importância da preservação da espécie, classificada como vulnerável à extinção. A redução do habitat, as queimadas frequentes no Pantanal e os atropelamentos afetam diretamente sua sobrevivência, diminuindo também o privilégio de encontros como o de Thiago e Gustavo.
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