Trabalhadores da Boeing Defense rejeitam a última proposta da empresa, prolongando greve
Os operários da fábrica da Boeing Defensa na região de St. Louis rejeitaram um novo contrato de cinco anos que aumentaria os salários em média 24%, prolongando uma greve de três meses, a primeira na área de defesa em 30 anos, que tem atrapalhado o principal centro de fabricação militar da empresa.
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“A Boeing afirmou que ouviu seus funcionários — o resultado da votação de hoje prova que não”, disse Brian Bryant, presidente internacional do Sindicato dos Trabalhadores da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), em comunicado anunciando o resultado.
Os 3.200 membros do Distrito 837 do IAM iniciaram a greve nas primeiras horas de 4 de agosto. O sindicato não fazia greve desde 1996, quando a paralisação durou 99 dias. O conflito gerou críticas dos senadores Josh Hawley e Bernie Sanders e interrompeu a produção de aeronaves militares da Boeing, como o caça F-15EX.
Os investidores estarão em busca de mais detalhes sobre as implicações financeiras quando o diretor-presidente da Boeing, Kelly Ortberg, realizar a teleconferência de resultados na próxima quarta-feira, dia 29. A disputa também está sendo acompanhada pelo sindicato que representa os 19 mil engenheiros e técnicos da Boeing, cujo contrato expira em outubro do próximo ano.
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A greve afetou as entregas de jatos F-15 para a base da Guarda Nacional Aérea dos Estados Unidos, em Portland, e atrasará as entregas internacionais no próximo ano, afirmou a analista Sheila Kahyaoglu, da Jefferies, em um relatório a clientes divulgado neste domingo.
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O primeiro conflito trabalhista em cerca de três décadas tem sido, por vezes, amargo, com o sindicato apresentando uma queixa por prática trabalhista desleal contra a Boeing, enquanto a fabricante, sediada em Arlington, no estado da Virgínia, realiza feiras de emprego e contrata trabalhadores substitutos.
A Boeing está reforçando seu quadro de funcionários enquanto se prepara para construir o caça furtivo F-47 na região de St. Louis.
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Nas instalações são montadas aeronaves de combate como o F-15, o jato de treinamento T-7, mísseis e munições. Lá também são fabricados componentes para os jatos comerciais 777-X da Boeing. A divisão de defesa e espaço responde por quase um terço da receita da empresa.
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