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Reformas para o país crescer

22/10/2025 07:02 O Globo - Rio/Política RJ

Avançar na agenda de reformas é crucial para o país impulsionar o crescimento e atrair investimentos, avaliam os especialistas do mercado financeiro que participaram do painel Perspectivas e Desafios da Macroeconomia Brasileira, durante o Global Voices. E a prioridade deveria ser a Reforma Administrativa, para enxugar o tamanho do Estado e melhorar a eficiência dos gastos públicos.
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No evento, o CEO da BGC Liquidez, Erminio Lucci, defendeu que o país faça uma Reforma Administrativa “dura”. E João Braga, fundador da Encore Capital, destacou que a previsibilidade e a estabilidade do Brasil são pré-condições para atrair capital.
— O que mais precisamos é de visão de Estado de longo prazo — diz ele.
Tributária dará tração
Octávio Magalhães, diretor de investimentos da Guepardo Investimentos, defendeu a necessidade de transformações profundas, como a que ocorreu em 2017 com a reforma trabalhista.
A opinião dos gestores é compartilhada por especialistas em contas públicas. Eduardo Grin, cientista político e professor da FGV-SP avalia que o movimento reformista deve ganhar tração a partir dos efeitos positivos da reforma tributária, promulgada em 2023, que classifica como “suprapartidária”.
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Esses efeitos, porém, só deverão se manifestar plenamente a partir de 2027, em meio à transição tributária (ou seja, para o novo modelo de cobrança de impostos) e à redefinição das prioridades do país após as eleições de 2026.
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O Brasil, ressalta Grin, ainda tem diante de si uma agenda extensa de reformas para emplacar. Uma nova mudança na Previdência, afirma, é necessária para conter o avanço das despesas, especialmente diante do envelhecimento acelerado da população. Para ele, as prioridades das novas reformas devem ficar mais claras a partir de 2027, independentemente do resultado das urnas:
— A modernização das relações de trabalho e a previdenciária são essenciais.
Na avaliação de Úrsula Peres, professora e pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM-USP), o desafio está em definir o rumo e as prioridades das reformas — o que exige coordenação entre Executivo e Legislativo, e não depende somente do ocupante do Palácio do Planalto.
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Ela defende que o Congresso “precisa parar de votar pautas-bomba, como emendas parlamentares e aumento do número de deputados, pois isso inviabiliza investimentos voltados à produtividade”. E destaca que, sem um alívio na taxa de juros, que pressiona as contas públicas, será mais difícil equilibrar as finanças do governo.
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