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Outubro Rosa: entenda como bioestimuladores de colágeno ajudam na recuperação da pele após câncer de mama

14/10/2025 08:04 O Globo - Rio/Política RJ

O Outubro Rosa é um período que reforça não apenas a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas também o olhar para o que vem depois da cura. O tratamento oncológico deixa marcas que vão além da cicatriz cirúrgica: muitas mulheres relatam alterações na textura e firmeza da pele, ressecamento e perda de elasticidade após sessões de radioterapia e quimioterapia. Esses efeitos, somados ao impacto físico do processo, exigem cuidados específicos para a restauração do tecido cutâneo.
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Nos últimos anos, os bioestimuladores de colágeno têm ganhado espaço na dermatologia como aliados na revitalização da pele de pacientes que passaram por cirurgias ou tratamentos intensos. Diferente de outros injetáveis, como os preenchedores tradicionais, eles não têm efeito imediato. O que fazem é estimular os fibroblastos, responsáveis pela produção de colágeno, a reconstruírem a estrutura natural da pele, devolvendo gradualmente firmeza, elasticidade e vitalidade.
De acordo com a doutora Danuza Alves, profissional com 15 anos de atuação em estética médica e saúde da mulher, Medical Director & Owner da Clínica Leger Porto Alegre, depois do tratamento do câncer a pele costuma ficar mais fina, sensível e com menos colágeno.
A médica, que é referência nacional em tratamentos corporais avançados, explica que recebe muitas pacientes em remissão que buscam alternativas seguras para recuperar a textura e o aspecto natural.
"Os bioestimuladores podem ser uma boa opção nesses casos, desde que haja liberação do oncologista. Eles atuam estimulando a regeneração do tecido e fortalecendo a estrutura da pele, o que auxilia na recuperação e na hidratação. Existem vários tipos de substâncias com essa função, como as à base de hidroxiapatita de cálcio, a exemplo do Harmonize Gold, que promovem resultados progressivos e naturais quando bem indicados", detalha.
Estudos clínicos publicados na revista Dermatologic Surgery mostram que bioestimuladores à base de hidroxiapatita de cálcio apresentam alta taxa de tolerância e eficácia na melhora da textura da pele, com resultados visíveis entre seis e doze semanas após o início do tratamento. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reconhece o uso dessas substâncias como um dos principais recursos para estimular a regeneração cutânea em pacientes que perderam colágeno por processos fisiológicos ou tratamentos agressivos. Pesquisas indicam que cerca de 80% das pacientes relatam melhora perceptível da firmeza e da uniformidade da pele em até três meses, quando o protocolo é realizado com acompanhamento médico.
Na prática, o tecido tratado ganha mais sustentação, e áreas que antes apresentavam flacidez ou irregularidade passam a ter aspecto mais uniforme e saudável. Além disso, os bioestimuladores podem contribuir para reduzir o ressecamento em regiões sensibilizadas por cirurgias, radioterapia ou perda de colágeno.
Embora o foco do Outubro Rosa seja o câncer de mama, o mesmo princípio vem sendo utilizado em pacientes que enfrentaram outros tipos de câncer, especialmente quando há perda significativa de colágeno ou alterações no tecido cutâneo. O acompanhamento dermatológico é essencial para definir o momento ideal e o tipo de produto mais indicado para cada caso.
O avanço desses protocolos tem ampliado o papel da dermatologia no acompanhamento de pacientes oncológicos, colocando a ciência em prol do bem-estar e da recuperação da pele de forma segura e eficaz.

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