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Festival de moda autoral reúne 150 marcas no Jockey Club e aponta tendências para o verão

14/10/2025 10:01 O Globo - Rio/Política RJ

Aconteceu no último fim de semana o Carandaí, maior festival de moda autoral da América Latina, no Jockey Club Brasileiro, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Mais de 12 mil pessoas passaram pelo evento, que reuniu 150 marcas, incluindo roupas, acessórios, comida, decoração e mais. Em sua edição de número 49, e última do ano, o festival trouxe novidades e adiantou tendências.
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— Tem bastante estamparia, mas também roupas planas e coloridas para o verão. Além disso, há roupas de festa transadas, com paetê, bordados e rendas. E, é claro, temos muitos acessórios, que vão fazer sucesso na próxima estação, como bolsas e outros itens feitos a mão — disse Tati Accioli idealizadora do festival, no evento.
Débora Melo, CEO de uma marca de peças artesanais feitas de cerâmica, lotada na Tijuca, na Zona Norte do Rio, viu seu estande fazer sucesso com o público do festival. Além de confeccionao s produtos para a venda, sua empresa ainda oferece aulas de cerâmica. Ela também conta o que tem feito sucesso:
Expositores do festival apontaram tendências para o verão
Alexandre Cassiano
— A coleção de ovos, como as canecas de ovinhos e porta-colher, está na moda. Deve ser por conta da geração fitness. As coleções de frutas e bem coloridas também estão em alta.
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Giovana Kawai, que esteve na edição carioca do evento no último fim de semana, em um estande de uma marca de camisetas e bonés com frases personalizadas do Rio, conta:
— A gente encontra nosso público no evento e também acaba conquistando clientes novos. Os bonés são os mais procurados por aqui. As frases que mais saem é "Carioque-se", "Haja terapia" e "Made in Rio".
O Carandaí 25, no Rio
Agência O Globo/Gabriela Medeiros
O festival contou com desfiles diários, show de Roberta Sá, um prêmio de moda para as melhores marcas em dez diferentes categorias e oficinas para o público. A entrada foi gratuita, com arrecadação de alimentos não perecíveis para doação. Tati fala sobre um dos desafios que o evento já investiu em superar:
— A gente tem uma grande variação de produtos. Tento criar uma coisa que seja mais democrática no preço, até porque temos uma oscilação de público. Atendemos desde mulheres mais maduras, até meninas mais novas. Eu sentia essa dificuldade de agradar a todos. A gente falava muito para o mercado premium, e eu via que as meninas vinham aqui e comentavam: "Poxa, mas é caro". A partir desse olhar, começamos a trazer peças mais divertidas, jovens e com custo médio mais baixo. Aqui, então, você encontra de tudo um pouco!
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Larissa Borges, que estava em um estande de uma marca com produtos de sex shop conta:
— Sex shop é sempre um pouco mais difícil em feira, o público fica um pouco relutante, mas todo mundo que chega aqui, fica interessado e leva. Todos precisamos gozar a vida, sentir um pouco de prazer. O legal é que conseguimos surpreender muita gente e também somos surpreendidas. Nossos clientes são variados.
O Carandaí 25, no Rio
Agência O Globo/Gabriela Medeiros
Esta última edição contou ainda com a participação do coletivo Teen Brands, composto por 15 marcas femininas para adolescentes, que estão estreando no festival, e com cinco instituições sociais. A escola de arte Spectaculu e seus jovens profissionais criativos estiveram na cenografia; a ONG Colo de Mãe, projeto de mulheres de Madureira, foi capacitada para vender seu artesanato; a Nós do Crochê levou peças criadas por costureiras da Rocinha; a Rio Inclui esteve presente no desfile e no receptivo; e 28 alunos da Yduqs, apoiada pela Estácio de Sá, fizeram parte do time de produção.
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— Eu vim pela ONG Colo de Mãe e é muito legal estar em contato com o público do festival. Tem gente de todas as idades e estilos diferentes também. O que a galera mais busca aqui são os brincos, mas também anel, pulseira, colar... — contou Camila Cruz.
O Carandaí 25, no Rio
Agência O Globo/Gabriela Medeiros
Em 2026, haverá mais duas edições do evento no Rio, uma em maio e outra em outubro. Dos dias 14 a 16 de novembro deste ano, o festival acontecerá em São Paulo.
— O Carandaí tem um papel muito importante para moda nacional, já que trazemos marcas de fora do estado onde ele acontece. Virou um evento de entretenimento, onde as pessoas estão aqui não só para comprar. Esse é também um espaço de pesquisa, de networking. E gratuito. Temos gastronomia, beleza, moda e decoração — finaliza Tati.

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