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Início de Estêvão na seleção brasileira supera os de Vini Jr. e Rodrygo; compare números

12/10/2025 05:00 O Globo - Rio/Política RJ

Foi a semana dos sonhos para Estêvão: primeiro gol pelo Chelsea, decretando a vitória no clássico contra o Liverpool; e, seis dias depois, participação decisiva nos 5 a 0 do Brasil sobre a Coreia do Sul com duas bolas na rede. Atuações que tornam difícil para o torcedor não se empolgar com o atacante de 18 anos. Razões não faltam. Após chegar na seleção sob desconfiança pela pouca idade, o ex-Palmeiras agora impressiona pelo seu começo com a Amarelinha.
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Estêvão não parece sentir o peso da camisa. O jogo contra a Coreia do Sul foi o seu oitavo pela seleção, sendo o terceiro como titular. Em 280 minutos em campo (sem contar os acréscimos), ele já soma três gols marcados. É o artilheiro da “era Ancelotti”.
A título de comparação, os números de seu começo são melhores que os de Vini Jr e Rodrygo, dupla que também vestiu a Amarelinha pela primeira vez ainda jovem e igualmente cercada de expectativa. O primeiro, hoje já consagrado como titular absoluto do Real Madrid e da seleção e eleito melhor do mundo na premiação da Fifa, não marcou em seus primeiros oito jogos com o Brasil (apenas um como titular) e somou menos minutos em campo: 198.
Rodrygo, por sua vez, jogou ainda menos. Somou 153 minutos nas oito primeiras partidas pela seleção — nas quais sempre saiu do banco. apesar do pouco tempo, conseguiu marcar um gol (na vitória por 4 a 0 sobre o Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa 2022).
Há uma diferença também na rapidez com que Estêvão atingiu esta sequência de jogos pela seleção. O atacante fez sua oitava partida (e deve fazer a nona, na terça-feira, contra o Japão) com 18 anos. Tanto Vini Jr quanto Rodrygo chegaram a este número aos 21.
Dos jogadores em atividade, Neymar é o grande exemplo de atleta jovem que não sentiu o peso da Amarelinha. Seus números neste mesmo recorte mostram como ele já era protagonista da seleção. Foi titular em todos os oito primeiros jogos, somando 658 minutos em campo. E com cinco gols e uma assistência já registrados.
Ainda assim, Estêvão tem um dado melhor que Neymar quando comparados os dois começos pela seleção. Enquanto o camisa 10 do Santos teve uma participação direta em gol a cada 109 minutos no recorte das primeiras oito partidas, o atacante do Chelsea registra uma a cada 93.
O bom começo de Estêvão com a Amarelinha passa diretamente pela chegada de Carlo Ancelotti. O atacante encantou o técnico já no primeiro período de data Fifa, em junho, e passou a ganhar chances como titular. É verdade que ele tem se beneficiado das lesões de companheiros que, até agora, impediram o treinador italiano de ter todos os principais jogadores da posição à disposição. Mas aproveitou as oportunidades, ganhou pontos nesta corrida e certamente mudou seu status.
A precocidade de Estêvão é representada por uma marca atingida no amistoso contra os sul-coreanos. Ele se tornou o quarto jogador mais jovem a marcar duas vezes ou mais pela seleção, com 18 anos, cinco meses e 16 dias. É ainda o mais novo a atingir este feito desde Coutinho, que fez dois sobre o Paraguai em maio de 1961. Além do ídolo santista, apenas Pelé e Carvalho Leite o fizeram sendo mais jovens que o atacante do Chelsea.
Por outro lado, a precocidade também costuma trazer oscilações. Capitão contra a Coreia do Sul, Casemiro pediu menos euforia por parte da torcida e da imprensa com o começo de Estêvão para evitar pressão sobre o atacante.
— É um jogador jovem, a gente não pode colocar muita pressão nele. É importantíssimo falar isso, mesmo com ele, a gente tem que tocar nesta tecla. Porque nós sabemos de inúmeros jogadores que você bota pressão e aí baixam o rendimento — alertou o volante após a goleada em Seul.
— Ele joga no Chelsea, é titular na liga mais competitiva do mundo. Mas temos que ir com calma, com tranquilidade. Já se nota que é um grande jogador, desde quando jogava no Palmeiras. Mas vamos com calma com ele para não precipitar o processo do futebol.

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