
Interior do Rio tem atrações variadas que vão de campeonatos esportivos a parques temáticos
O Estado do Rio, que este ano já bateu recorde de turistas estrangeiros — mais de 1,6 milhão nos primeiros nove meses de 2025, segundo a Embratur — , aposta cada vez mais em sua vocação para receber visitantes o ano todo. E não só na capital. O leque inclui atrações nas regiões dos Lagos e Serrana, na Costa Verde, no Sul Fluminense... Há opções para todos os gostos.
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Saquarema é um dos exemplos. A cidade da Região dos Lagos recebe, até o dia 19, o Saquarema Pro, segundo maior festival de surfe da América Latina, uma das etapas da WSL, a liga mundial de surfe. A consolidação de um calendário turístico, com praticamente um evento por semana, explica Manoela Peres, secretária de Governança e Sustentabilidade do município, é fundamental para gerar receita.
— Economicamente, isso se tornou muito valioso. Hotéis, pousadas, restaurantes ficam cheios. O principal objetivo foi colocar o nome de Saquarema como destino turístico de desejo, e não de conveniência — afirma. — Depois que começamos a receber o calendário mundial de surfe (três etapas), nos tornamos uma vitrine para grandes eventos (esportivos) e passamos a ser procurados por muitas competições.
Neste ano, a cidade conta ainda com o Saquarema Beer Fest, que termina hoje; e a Saquarema International Cup (campeonato internacional de jiu-jítsu), em novembro.
Também na Região dos Lagos, Rio das Ostras mantém o ritmo como um destino para amantes da música com o Jazz and Blues Festival, que acontece em junho. No calendário da cidade, ainda há a Festa do Feijão e o encontro de carros antigos — ambos terminam hoje.
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Já em Petrópolis, na Região Serrana, as atrações vão do turismo cervejeiro ao esportivo, com a realização de corridas e festivais.
— A intenção foi focar num calendário diverso, que possa atrair públicos de diferentes segmentos e nichos de mercado. O turismo esportivo, por exemplo, ajuda na permanência do turista na cidade. Normalmente, o visitante chega de manhã e vai embora à tarde, enquanto o turista esportivo passa pelo menos um pernoite, o que colabora com o desenvolvimento econômico — diz o secretário de Turismo, Pablo Kling.
Depois da Oktoberfest no mês passado, o próximo grande evento esperado na cidade é o festival Rock The Mountain, no distrito de Itaipava, a partir de 31 de outubro.
Café, queijo e cachaça
Um dos eventos de maior sucesso fora da capital é a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), na Costa Verde.
Outra aposta turística para o interior do estado são as rotas. As de queijo, cachaça e café estão concentradas no Vale do Café, enquanto a cervejeira fica entre Petrópolis e as cidades vizinhas. Já a rota do vinho tem como referência Areal, mas também se espalha para o entorno.
— É muito além do destino praia: por ser um estado territorialmente pequeno, o Rio de Janeiro permite você sair da capital e chegar até a rota do queijo em duas horas. Dá até para fazer um day use. Isso melhora o fluxo para o interior e gera uma nova rota de desenvolvimento — diz Gustavo Tutuca, secretário estadual de Turismo.
Já em Miguel Pereira, no Centro-Sul Fluminense, o foco é promover atrações que garantam entretenimento durante todo o ano. Conhecida por ter o terceiro melhor clima do Brasil, a cidade vai além do Parque dos Dinossauros e da maria-fumaça. Ainda este mês, está prevista a inauguração do Park Aventura Animal: um centro de reabilitação por onde passarão aves resgatadas e que serão soltas após recuperadas.
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