Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Cláudia Abreu fala de 'Dona de mim', do primeiro projeto como diretora e dos 55 anos, que completa neste domingo

12/10/2025 09:01 O Globo - Rio/Política RJ

No ar em “Dona de mim” como Filipa, uma mulher diagnosticada com transtorno bipolar, Cláudia Abreu diz que a complexidade do papel foi determinante para que ela aceitasse o trabalho:
Reta final de ‘Vale tudo’: Raquel tem atitude dura com Fátima após reaproximação
Confira o papel: Ricardo Pereira vai fazer 'Coração acelerado', a próxima novela das 19h
— Achei que era uma boa oportunidade para as pessoas poderem conhecer melhor esse transtorno, se identificar e buscar tratamento. Muitas vezes, isso é incompreendido pelas pessoas em volta. É visto como mau gênio ou loucura, e na verdade é uma condição psiquiátrica. Temos a oportunidade de falar sobre isso num veículo popular como a novela. E, como atriz, tenho a oportunidade de fazer cenas tão profundas, com voltagens tão diferentes, e passear por tantos estados emocionais. É tudo o que uma atriz quer.
Além da novela das 19h, a atriz pode ser vista na reprise de "Hipertensão", folhetim de 1986 que entrou em exibição no Globoplay Novelas no mês passado. Ela conta como foi participar da trama que marcou sua estreia na TV aos 16 anos:
— O Wolf Maya viu o meu teste para um Teletema (programa extinto da TV Globo) e já me chamou direto para a novela. Foi um susto, porque eu não estava nem esperando ir para a televisão naquele momento. Eu ainda estava no ensino médio, fazendo peça no Tablado. E, de repente, a coisa virou uma profissão. Você começa a trabalhar com as pessoas que já admirava desde criança. Agradeço até hoje por isso, porque realmente mudou a minha vida, me deu um rumo. Tive que amadurecer mais cedo por causa do compromisso com o trabalho e da exposição. Mas não me arrependo, foi realmente uma grande sorte.
A atriz tem conciliado as gravações de "Dona de mim" com o teatro. Ao lado de Julia Lemmertz, Paulo Betti, Deborah Evelyn, Orã Figueiredo, Jui Huang e Leandro Santana, ela reestreou neste sábado (11), em São Paulo, com a peça "Os mambembes". O projeto, inclusive, terá como desdobramento um documentário, que marcará a estreia de Cláudia como diretora:
— Eu já fiz essa peça viajando pelo Brasil. Esse documentário, que é a primeira coisa que eu dirigi, é sobre essa aventura de fazer teatro rodando pelo interior. Dessa vez, vamos ficar em cartaz até novembro. E vou ficar nessa loucura, gravando a novela durante a semana, sem dia de folga, até o final do ano.
Cláudia, que completa 55 anos neste domingo, conta como lida com o envelhecimento:
— Já tive crise dos 15, dos 18, dos 21… Ficava muito preocupada que a vida estava passando. Quando estava chegando perto dos 30, também dei uma baqueada. Depois, vem um sentimento de que você não pode frear o tempo, então tem que viver da melhor maneira possível o seu momento presente. Você fica muito menos ansiosa, muito menos preocupada com o que pensam de você e mais gentil consigo mesma. Você consegue entender seus limites, e isso te dá um pouco mais de conforto existencial. Você olha para trás e vê a família que construiu, a carreira e os amigos que fez. Você já construiu tantas coisas bacanas, então vamos usufruir disso.
A atriz também fala sobre sua atual fase da maternidade. Ela é mãe de Maria Maud, de 25 anos, de Felipa, de 18, de José Joaquim, de 15, e de Pedro Henrique, de 14.
— São três adolescentes e uma filha adulta. A adolescência realmente é um período complicado, porque você tem muitas preocupações. É um equilíbrio entre se fazer presente e, ao mesmo tempo, ter a sensibilidade de dar a liberdade que eles precisam. É difícil, mas tem que começar a entender os limites, até porque o mundo é muito assustador.
Initial plugin text

Fonte original: abrir