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Em evento com acenos ao Planalto, MDB lança candidatura ao governo de Minas com ataques a Zema

04/11/2025 21:35 O Globo - Rio/Política RJ

O ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Gabriel Azevedo (MDB) foi lançado nesta terça-feira como pré-candidato ao governo de Minas. No evento, ele foi apresentado como a alternativa do centro para a disputa eleitoral no ano que vem e fez críticas à gestão do atual governador, Romeu Zema (Novo). Já o presidente estadual da sigla, o deputado federal Newton Cardoso Jr., afirmou que Azevedo poderia ser a chance de a administração estadual se aproximar do governo federal, que atualmente busca um palanque para Lula no estado em 2026.
O lançamento de sua candidatura acontece um ano após sair derrotado das eleições para a prefeitura de Belo Horizonte, quando teve 133,7 mil votos e ficou em quarto lugar. À época, anunciou que voltaria às urnas somente em 2028 para concorrer novamente para a capital mineira. No entanto, com o aval do presidente nacional da sigla, o deputado federal Baleia Rossi (MDB), Azevedo foi anunciado nesta terça-feira como o nome escolhido pelo partido para a disputa ao Palácio da Liberdade no ano vem. A indicação também foi anunciada como contraponto ao vice-governador Matheus Simões (PSD), escolhido por Zema como seu sucessor.
Em seu discurso, durante a cerimônia, Gabriel criticou aspectos da gestão Zema, como a defesa de projetos de privatizações de estatais. Na ocasião, ele também disse que seu nome representaria uma alternativa do centro para o estado:
— Precisamos aprender que centro não é Centrão, e equilíbrio não é não ter posição. Essa pré-candidatura existe porque o Brasil precisa voltar a entender o que significa Minas Gerais. O Brasil caminha na direção que Minas aponta, e o equilíbrio está precisando de Minas do mesmo jeito que Minas está precisando do equilíbrio — disse.
O mesmo foi repetido por Newton Cardoso Jr., que também fez críticas ao governador e pontuou a necessidade de o governo mineiro se aproximar da gestão federal:
— Nesses últimos dois anos e meio, os únicos investimentos públicos federais relevantes anunciados no estado foram as concessões de algumas rodovias, inclusive anunciadas pelo ministro do MDB, o Renan Filho (Transportes). Esse apagão aconteceu por conta do desalinhamento com o governo federal. — disse. — Precisamos de gente alinhada com equilíbrio, porque somos radicalmente contra o radicalismo. Para isso, o nome que se colocou, com a sua ousadia, foi o Gabriel.
Como mostrou o GLOBO, para a representação do partido nas urnas no ano que vem, o nome do presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite, também chegou a ser considerado, em uma costura que teria o apoio do PT. O partido também cogita ter o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kallil (PDT), como representante do palanque para Lula no estado. O presidente, no entanto, tem manifestado preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente do Senado. A indicação dele para entrar na disputa pelo governo do estado, por sua vez, perdeu força com a entrada de Simões no partido, oficializada na semana passada.
Além deles, circulam especulações sobre o ex-governador Aécio Neves (PSDB), que voltou a aparecer em campanhas televisionadas do partido. Também na direita, o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) tem se colocado na disputa e liderado em pesquisas de intenção de voto no estado. O parlamentar, no entanto, entrou em atrito com a base bolsonarista nas últimas semanas após dizer, em entrevista à Rádio Auriverde, que estava com "a dívida paga" com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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