Novo ataque dos EUA contra suposto barco de narcotraficantes mata duas pessoas no Pacífico

As forças americanas mataram duas pessoas em um novo ataque a uma embarcação supostamente envolvida com tráfico de drogas no Oceano Pacífico Oriental nesta terça-feira, informou o secretário de Defesa, Pete Hegseth. O presidente Donald Trump ordenou um amplo destacamento militar na região nas últimas semanas, e as forças americanas realizaram diversos ataques contra supostas embarcações de narcotraficantes no Caribe e no Pacífico, nos quais ao menos 67 pessoas morreram.
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"Informações de inteligência confirmaram que a embarcação estava envolvida com o tráfico ilícito de narcóticos, navegando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando drogas. O ataque foi realizado em águas internacionais no Pacífico Oriental", escreveu Hegseth em uma publicação no X.
Os Estados Unidos enviaram navios para o Caribe e caças para Porto Rico como parte de uma grande força militar que Washington alega ter como objetivo conter o tráfico de drogas. Nos últimos dias, a conta oficial do Comando Sul dos EUA (Southcom) publicou nas redes sociais vídeos em que militares americanos destacados no Caribe aparecem com metralhadores e realizam operações com munição real.
Especialistas dizem que os ataques, que começaram no início de setembro, configuram execuções extrajudiciais, mesmo que tenham como alvo traficantes de drogas conhecidos. Washington ainda não divulgou nenhuma prova de que seus alvos estivessem envolvidos com tráfico de drogas ou representassem uma ameaça aos EUA.
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Na sexta-feira, as Nações Unidas instaram Washington a interromper seus ataques. O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Turk, disse que essas pessoas foram mortas "em circunstâncias que não encontram justificativa no direito internacional".
Trump afirmou que não planeja ataques contra a Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro, acusado nos Estados Unidos por crimes relacionados ao narcotráfico, alega que o republicano quer impor uma "mudança de regime" para se apoderar do petróleo venezuelano.
Segundo autoridades americanas, o governo Trump já desenvolveu uma série de opções para ações militares na Venezuela, incluindo ataques diretos a unidades militares que protegem Maduro e medidas para assumir o controle dos campos de petróleo do país. Trump, entretanto, ainda não decidiu como, ou mesmo se deve prosseguir, por receio de colocar tropas americanas em risco ou que as ações possam se transformar em um fracasso vergonhoso.

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