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Dia das Crianças: médico alerta pais sobre presentear filhos com aparelhos eletrônicos; saiba qual é o melhor momento

12/10/2025 07:01 O Globo - Rio/Política RJ

Muitos pais costumam esperar o Dia das Crianças para presentear os filhos com alguns eletrônicos, como celulares e tablets. Mas qual é o melhor momento para dar este tipo de eletrônico para as crianças?
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— A primeira coisa que precisamos entender é que há diferentes tipos de eletrônicos. O fato de dar um deles para a criança não lhe dá autonomia para usar quando quiser. Pelo contrário, sempre é necessário controlar o tempo e considerar o momento adequado para o uso — afirma o endocrinologista pediátrico Miguel Liberato.
Segundo ele, o uso exagerado pode causar sérios impactos na saúde e no desenvolvimento das crianças, como alterações no sono, atraso na fala e linguagem, dificuldades de atenção, memória e aprendizado, além de aumentar o risco de miopia, sedentarismo e obesidade.
— O excesso de telas pode ainda estar associado à ansiedade e dificuldades sociais, muitas vezes levando ao isolamento — diz.
Ele ainda revela que há um limite seguro para cada faixa etária. Menores de 2 anos, por exemplo, a exposição deve ser zero. De 2 a 5 anos, deve ser de até uma hora por dia. De 6 a 10 anos, o mais indicado é limitar o uso a duas horas por dia, seguido por no máximo três horas diárias dos 11 aos 18 anos, segundo o médico. Deve-se evitar que adolescentes passem a noite com os aparelhos.
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— Antes dos 2 anos, ter dispositivos não é indicado. Após essa idade, alguns jogos educativos e conteúdos calmos podem ser uma alternativa em momentos como viagens, por períodos que obedeçam à recomendação de horas por idade. E, já a partir dos 4 ou 5 anos, o uso de jogos familiares também podem ser uma alternativa — diz.
O médico ainda recomenda que as telas não devem ser usadas durante as refeições. Também suger que haja desconexão de uma a duas horas antes de dormir para todas as idades.
Liberato, porém, afirma que a supervisão dos pais, mesmo em idades mais avançadas, é essencial.
— Lembrando que eletrônicos não significam acesso à internet. Isso, sim, é aconselhado a ser postergado ao máximo. Essa geração é naturalmente mais exposta, o que pode trazer consequências ainda desconhecidas. Mesmo com cuidado, crianças podem ser alvo de críticas ou atitudes maldosas de pessoas desconhecidas, sem maturidade para lidar com isso — alerta.
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E relembra que há outros brinquedos que estimulem a imaginação da criança ao invés de telas, como livros, jogos de tabuleiro, brinquedos de montar, bonecos, bola, bambolê.
— Além disso, priorizar passeios, dias no parque, brincadeiras ao ar livre e momentos em família é uma maneira de fortalecer laços e oferecer memórias que nenhuma tela substitui — diz.

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