Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Angu do Gomes faz 70 anos, consolidado como Patrimônio Cultural Carioca

31/10/2025 09:00 O Globo - Rio/Política RJ

Comida ancestral que representa a força da cultura africana no Brasil, o angu (atenção, não é o mesmo que polenta) permeia uma história que já dura 70 anos. Desde meados dos anos 50 com carrocinhas servindo a receita com influencias europeias que aquecia corações e estômagos, o Angu do Gomes virou uma marca da cidade do Rio de Janeiro. Mingau de milho, miúdos de aves, boi ou frutos do mar e outros ingredientes; eis a combinação que ganhou fama junto à boemia carioca. E conquistou artistas e políticos de prestígio: Tom Jobim, Beth Carvalho e até o ex-presidente Juscelino Kubitscheck. O sambista João Nogueira chegou a mencionar a iguaria na letra da música “Espere Oh! Nega”.
O herdeiro Rigo Duarte
Divulgação
Não havia território mais adequado para as carrocinhas darem lugar a um bar, no ano de 2008: na Pequena África, mais precisamente no Largo São Francisco da Prainha, onde a vizinhança não é nada modesta no quesito histórico. Estão ali por perto a Casa Porto, o Bafo da Prainha e o mais novo da turma, Dois de Fevereiro, tocado por João Diamante.
O Angu do Gomes, tombado como patrimônio cultural carioca, resiste ao tempo e aos modismos à mesa, consolidado em um belo casarão com vista para a Praça Mauá. A receita clássica deixou crias, uma delas é o pastel de angu.
O negócio tem à frente Rigo Duarte, herdeiro de um dos fundadores do negócio, seu avô Basílio Moreira. “Temos muita alegria e orgulho em fazer parte da história da gastronomia carioca.”
A receita clássica deixou crias, uma delas é o pastel de angu
Divulgação

Fonte original: abrir