Serra das Araras: entenda como ficarão pistas de subida e descida quando obras chegarem ao fim; veja mapa

Uma obra de R$ 1,5 bilhão está sendo realizada desde abril do ano passado na Serra das Araras. O objetivo é construir 24 viadutos sobre a atual pista de subida, que suavizarão as curvas. Quando todo esse conjunto for entregue (isso deve ocorrer em 2027, dois anos antes do que o previsto), os motoristas terão mais faixas à disposição — serão quatro em cada sentido, enquanto, hoje, são duas — e também darão adeus ao traçado percorrido atualmente. Entenda abaixo.
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A Serra das Araras está instalada entre os quilômetros 225 e 233 da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), entre os municípios fluminenses de Paracambi e Piraí.
Quando a obra for entregue, os viadutos formarão as pistas de descida e subida, ambas erguidas sobre o atual traçado da pista de subida (sentido São Paulo), que deixará de existir quando os trabalhos forem concluídos. Ela serve como base para a instalação dos pilares dos viadutos.
Na foto, um dos viadutos que fará parte da pista de subida. Enquanto não fica pronto, o tráfego no sentido São Paulo passa por baixo dele
Márcia Foletto / Agência O Globo
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Já a atual pista de descida (sentido Rio) — cheia de curvas e com alto índice de acidentes — passará a ser usada apenas por moradores locais, ou como via de contingência para o tráfego, em caso de problemas na nova serra. Portanto, ao término das obras, o traçado original, de 1928, ficará para trás.
Oito dos viadutos que irão compor a nova pista de subida serão entregues no primeiro trimestre do ano que vem, quando passam a receber o fluxo de carros, ônibus e caminhões. Essa operação é necessária para que os trechos que serão desativados da pista atual passem a receber intervenções, para instalação de viadutos da pista de descida.
Na nova serra, cada faixa terá 3,6 metros de largura. Cada sentido também terá acostamento de 3 metros de largura. Com curvas sutis, a velocidade máxima na via — hoje de 40 quilômetros por hora — será ampliada para 80 quilômetros por hora. Ao longo do trajeto, também estão previstas duas rampas de escape, áreas usadas para "salvar" veículos com problemas nos freios.
Em mapa: entenda como ficará a nova Serra das Araras quando as obras forem entregues
Editoria de Arte
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As supercargas serão as mais beneficiadas pela duplicação das pistas: futuramente, será possível manter o fluxo de veículos apesar da passagem dessas peças gigantes, o que não ocorre atualmente. Quando carretas desse porte precisam descer a serra, elas enfrentam a contramão da pista de subida (com menos curvas), o que interdita o trânsito.
A concessionária CCR RioSP, uma empresa Motiva, calcula ter chegado a 50% de conclusão da obra neste mês.
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Os viadutos da nova Serra das Araras
Serão erguidos 24 viadutos ao todo.
O primeiro deles foi inaugurado em maio deste ano. Hoje usado pelo tráfego de subida, ao fim da obra fará parte da pista de descida.
No início de 2026, serão entregues mais oito viadutos, de um total de 14 dedicados à subida.
Faltam nove viadutos para concluir a descida.
Imagem área das obras na Serra das Araras. Na foto, vigas instaladas no que será o Viaduto nº 8, uma das estruturas para diminuir curvas
Márcia Foletto / Agência O Globo
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Implosões na Serra das Araras
Para abrir espaço às novas pistas, morros estão sendo “cortados”.
Depois de remover a parte de terra com máquinas, rochas são implodidas.
De um total previsto de 600 mil metros cúbicos de rocha a ser retirado, 370 mil já foram removidos do caminho: o material é capaz de encher mais de 24 mil caçambas de caminhão.
De segunda a quinta-feira, das 13h às 15h, o sentido São Paulo da Serra das Araras é interditado para as detonações.

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