Rússia anuncia teste final bem-sucedido de míssil de cruzeiro movido a energia nuclear, e Putin elogia: 'Alcance ilimitado'

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou neste domingo a realização bem-sucedida do teste final de um novo míssil de cruzeiro com propulsão nuclear, o Burevestnik. Putin, em um vídeo divulgado pelo Kremlin, elogiou a arma, classificando-a como uma “criação única”.
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— Os testes decisivos foram concluídos — declarou Putin.
O líder russo, que mantém a ofensiva na vizinha Ucrânia, descreveu o míssil como uma “arma única, que ninguém mais no mundo possui”, acrescentando que o Burevestnik tem “alcance ilimitado”.
De acordo com o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Gerasimov, durante o último teste, realizado no último dia 21, o míssil permaneceu no ar por cerca de 15 horas e percorreu 14 mil quilômetros — distância que, segundo ele, “não representa o limite” do equipamento.
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— As características técnicas do Burevestnik permitem utilizá-lo com precisão garantida contra alvos altamente protegidos, em qualquer distância — afirmou Gerasimov.
Putin havia anunciado, em 2018, que o Exército russo estava desenvolvendo esse tipo de míssil, que, segundo ele, pode escapar praticamente de todos os sistemas de interceptação existentes.
Negociações estagnadas
As negociações de paz entre Moscou e Kiev seguem estagnadas, apesar dos esforços de mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia prometido encerrar rapidamente o conflito após seu retorno à Casa Branca, em janeiro.
Na última terça-feira, Trump adiou, por tempo indeterminado, uma reunião que havia anunciado com Putin em Budapeste, afirmando não querer manter conversas “para nada”. No dia seguinte, os EUA impuseram novas sanções ao setor de hidrocarbonetos russo.
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No sábado, o republicano voltou a afirmar que não “perderia tempo” marcando um novo encontro com Putin, enquanto não houvesse um acordo concreto para encerrar a guerra na Ucrânia.
O emissário do Kremlin para assuntos econômicos, Kirill Dmitriev, reuniu-se com membros do governo Trump na sexta-feira e no sábado, segundo uma fonte russa ouvida pela AFP. As conversas devem continuar neste domingo.
Putin, por sua vez, declarou que não pretende fixar um cronograma para o fim dos combates.
— Não vamos alinhar nada com datas ou eventos específicos. Iremos nos basear apenas na racionalidade militar — afirmou o presidente.

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