Encontro entre Lula e Trump rende elogios da base do governo e ironias da oposição; veja reações nas redes
A aguardada reunião entre Lula e Donald Trump, realizada à margem da cúpula da Asean, bloco que reúne economias do Sudeste Asiático, na Malásia, repercutiu nas redes sociais de políticos na manhã desde domingo (26). Enquanto os dois presidentes trataram o encontro de forma positiva, adversários políticos do governo Lula trataram de tentar minimizar o ocorrido ao destacar as menções do americano ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou que o tema Bolsonaro "claramente incomoda" Lula ao reagir ao encontro entre o presidente brasileiro e Donald Trump. Após o encontro descrito como "ótimo" por Lula, e que terminou com a sinalização de um possível acordo segundo Trump, Eduardo compartilhou vídeo com o momento em que um repórter questiona sobre Jair Bolsonaro. No vídeo, o americano elogia o ex-presidente, mas desconversa quando perguntado se ele seria pauta da reunião.
"Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: Bolsonaro. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?", escreveu Eduardo em post no X, sugerindo que nos bastidores o encontro pode ter sido menos amigável do que o relato das equipes dos dois países.
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Em outra publicação, Eduardo ironizou o fato de brasileiro ter se oferecido para mediar o conflito entre Trump e Maduro. "Nos poucos minutos com o 01 da economia mundial trataram de... Venezuela", comentou o deputado.
Com a publicação, Eduardo mantém o tom das últimas semanas, em que busca minimizar a aproximação entre Trump e Lula. Os dois presidentes tiveram encontro de "boa química" nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Em outubro, Lula e Trump conversaram por telefone e quebraram o gelo. Após a conversa virtual dos presidentes, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniram-se em Washington.
O post de Eduardo foi compartilhado pelo irmão Carlos Bolsonaro e outros políticos da direita, como Alexandre Ramagem. Em outra publicação, Carlos ironizou o terceiro encontro tratado como "positivo" pela base do governo. "Deve ser a terceira reunião e os caras que atacam diariamente Trump se fazem de idiotas para enganar outros idiotas", escreveu o filho de Jair Bolsonaro.
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foi outro nome da oposição ao destacar o fato de Trump ter citado Bolsonaro diante de Lula. "Na cara do Lula, Trump rasga elogios a Bolsonaro e chama-o de 'grande homem'. Parece que a reunião não saiu como o Barbudinho esperava. A imprensa ontem correu para dizer que 'Bolsonaro era página virada para Trump'", escreveu o congressista no X.
Na base do governo, o clima foi bem diferente. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a reunião "prova que temos bons motivos para acreditar no diálogo". E continuou: "Foi mais um passo para Brasil e EUA estreitarem ainda mais seus laços de amizade. E é mais uma evidência do compromisso do governo do presidente Lula com o povo brasileiro."
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O ministro da Saúde Alexandre Padilha compartilhou post de Lula no X com a chamada: "Presidente Lula, gigante pela própria natureza". Já Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, destacou que "o Brasil retoma o diálogo com o mundo sob a liderança de um verdadeiro estadista".
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que “quando líderes escolhem conversar, a História agradece".
“Cumprimento os presidentes Lula e Donald Trump pelo importante encontro de hoje. Fico feliz em ver que o diálogo e a diplomacia voltam a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos. Quando líderes escolhem conversar, a História agradece. Foi assim nas grandes viradas do mundo, sempre pela palavra, nunca pelo silêncio. A Câmara continua à disposição de nossa diplomacia, votando assuntos importantes sobre o tema e comprometida em servir ao país”, postou o presidente da Câmara, nas redes sociais.
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O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão Temporária Externa para Interlocução sobre Relações Econômicas Brasil–Estados Unidos (CTEUA), avaliou que o entendimento alcançado entre os presidentes brasileiro e americano na Malásia representa um ponto de inflexão importante no fortalecimento das relações bilaterais. Trad destacou que um grupo de senadores viajou aos Estados Unidos em busca de apoio de congressistas americanos pela reabertura do diálogo bilateral.
Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou: "O encontro entre Lula e Trump na Malásia simboliza a volta de um Brasil que fala de igual pra igual com o mundo. Lula foi firme ao cobrar o fim das tarifas abusivas impostas pelos EUA e deixou claro que o país está aberto ao diálogo. Quem defende a soberania negocia com altivez e firmeza. As equipes dos dois governos c
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