
Névoa tóxica cobre a capital da Índia e leva poluição a níveis 16 vezes acima do limite da OMS
A capital da Índia amanheceu coberta por uma densa névoa tóxica nesta segunda-feira, com níveis de poluição do ar mais de 16 vezes acima do máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A região metropolitana, que abriga mais de 30 milhões de pessoas, figura com frequência entre as cidades mais poluídas do planeta, especialmente durante o inverno. As temperaturas mais baixas retêm os poluentes próximos ao solo, formando uma mistura letal de fumaça proveniente de queimadas, emissões industriais e do tráfego intenso.
O problema se agravou nos últimos dias com os fogos de artifício utilizados nas comemorações do festival hindu de Diwali, que culmina na noite desta segunda-feira. A Suprema Corte indiana flexibilizou este mês uma proibição ao uso de fogos, permitindo “fogos de artifício verdes”, considerados menos poluentes.
De acordo com a organização de monitoramento IQAir, os níveis de PM2.5 — micropartículas cancerígenas capazes de penetrar na corrente sanguínea — chegaram a 248 microgramas por metro cúbico em algumas áreas da cidade.
A Comissão Governamental de Gestão da Qualidade do Ar alertou que as condições devem piorar nos próximos dias. As autoridades locais anunciaram planos para testar a “semeadura de nuvens”, técnica que utiliza aviões para injetar sal ou produtos químicos nas nuvens a fim de induzir a chuva e dispersar a poluição.
Um estudo publicado na revista The Lancet Planetary Health apontou que 3,8 milhões de mortes na Índia entre 2009 e 2019 foram causadas pela poluição atmosférica.
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