NBA alcança quantidade recorde de fãs no Brasil e mira expansão de públicos e regiões

A NBA nunca teve tantos fãs no Brasil como neste início de temporada 2025/26. Segundo a mais recente pesquisa feita pelo Ibope, são 57,6 milhões de pessoas que acompanham a principal liga de basquete do planeta, o maior número desde 2017, quando se iniciou a medição no país. Em relação ao ano passado, o aumento é de 4,8 milhões de torcedores.
Dos dados mais relevantes — como o fato de 46% da população online do Brasil mostrar algum interesse pelos jogos e equipes —, aos mais específicos, a liga tem deixado claro que o mercado nacional é estratégico. Por isso, tem bolado diversas estratégias.
— Estamos falando de ações integradas de conteúdo em plataformas e redes sociais, de engajamento de público em ativações com parceiros, experiências imersivas, lojas oficiais, o NBA Park, e eventos como a NBA House, um benchmark global de entretenimento, ativação e celebração no momento mais esperado da temporada, que são as Finals. Tudo isso para fortalecer ainda mais a nossa presença no Brasil, estreitar a conexão que temos com os nossos fãs — explicou ao GLOBO Arnon de Mello, vice-presidente da NBA na América Latina.
— Aumentamos a distribuição, teremos cerca de 20% mais jogos transmitidos ao vivo nesta temporada pelos nossos parceiros de mídia, ampliando o investimento também em conteúdos produzidos localmente. Somente no YouTube, os fãs assistiram a 10 milhões de horas de conteúdo NBA, incluindo mais de 47 horas de programação original e 380 horas de transmissões ao vivo entre NBA, Basketball Africa League (BAL) e outros conteúdos exclusivos. Tudo é pensado e planejado para oferecer o melhor da liga para os fãs brasileiros — prosseguiu.
Atualmente, a liga determina três categorias para sua base de fãs brasileiros: os "core" (mais ávidos), que representam 29% do todo; os "casual" (casuais), a maior parte, com 56%; e os "curious" (curiosos), os 15% restantes.
16,9 milhões de Core Fans (29%)
31,9 milhões de Casual Fans (56%)
8,8 milhões de Curious Fans (15%)
Nesta última categoria, a pesquisa destaca que a maioria (54%) é composta por mulheres, um público que tem se tornado cada vez mais prioridade.
— Queremos que o público feminino se sinta cada vez mais representado no universo da NBA. Temos visto um crescimento exponencial de fãs mulheres, meninas, seja nas redes sociais, nos conteúdos. Vemos a WNBA crescendo temporada a temporada, brasileiras se destacando, vemos tantas histórias importantes envolvendo mulheres no esporte, meninas de várias idades praticando basquete com a jr.nba e o NBA Basketball School (hoje, são cerca de 30% desse público), e esperamos que essa presença feminina siga crescendo, que sigam ocupando espaços de relevância, que tenhamos cada vez mais mulheres fazendo parte de todo esse movimento da NBA — diz Arnon.
A popularidade da NBA reflete na relevância do próprio basquete, cada vez mais atrativo no Brasil. Hoje, a modalidade desperta algum nível de interesse em 80% da população online — cerca de 100 milhões de pessoas —, e se consolidou entre as 10 modalidades esportivas mais populares no país.
Em relação a 2024, a modalidade oscilou um ponto percentual para menos no volume de fãs. Porém, desde 2017, o número de interessados na modalidade cresceu 12 pontos percentuais, acompanhando a expansão do público digital.
Para além de querer oferecer mais conteúdo digital para um público predominantemente jovem, a NBA pretende avançar na área de licenciamentos e também chegar a novas cidades e regiões, levando o basquete para além dos grandes centros urbanos. Porém, trazer um jogo de temporada regular precisará ficar mais para frente.
— Embora não tenhamos planos imediatos de um jogo da NBA no país, o Brasil é um mercado muito importante para a liga e investimos muito em experiências presenciais. Nesse momento, o foco está em promover as ações exclusivas, interação com parceiros e fãs. O Brasil é, hoje, o terceiro maior mercado de varejo fora dos Estados Unidos, com lojas e o conceito de arenas, oferecendo ao público uma experiência muito especial. Além disso, a maior NBA House do Mundo é no Brasil, uma ativação ímpar, que acontece desde 2016. Temos camps, clínicas, muitas iniciativas que visam criar oportunidades para que os jovens aprendam com o basquete e pratiquem o esporte cada vez mais por todo o país por meio de programas como o jr. nba e a NBA Basketball School — finalizou Arnon.

Fonte original: abrir