Sete feridos do acidente no Elevador da Glória seguem internados em Lisboa

Sete vítimas do acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, continuam hospitalizadas quase dois meses após a tragédia ocorrida em 3 de setembro, que deixou 16 mortos e 22 feridos. Segundo informações divulgadas pelo jornal português Expresso, entre os internados há quatro portugueses e um estrangeiro, que deve retornar ao seu país em breve para continuidade do tratamento. Outros dois feridos seguem em cuidados médicos já em seus países de origem.
Elevador da Glória: o que aponta relatório preliminar sobre acidente com bondinho que deixou 16 mortos em Lisboa?
A seguradora Fidelidade, responsável pela cobertura do sistema operado pela Carris, assumiu o acompanhamento clínico e o custeio das despesas médicas de todos os feridos, inclusive daqueles que já receberam alta. A empresa também poderá arcar com eventuais indenizações para quem ficar com sequelas permanentes. Até agora, não há confirmação sobre valores já pagos, e a seguradora não comentou o assunto.
Galerias Relacionadas
Caso novas entidades envolvidas sejam responsabilizadas pelo acidente, a seguradora poderá acionar o chamado “direito de regresso”, pedindo judicialmente o ressarcimento dos montantes já desembolsados. Essa medida depende do avanço das investigações e de decisões judiciais futuras sobre o caso.
As famílias das 16 vítimas fatais estão sendo contatadas pela seguradora para o início dos processos de indenização. Para agilizar os pagamentos, uma comissão independente foi criada dentro da Fidelidade, sob liderança de Rogério Campos Henriques. Entretanto, não há informações públicas sobre os valores a serem destinados aos familiares, que precisam apresentar habilitação de herdeiros — procedimento mais complexo no caso de estrangeiros. Mesmo assim, fontes ligadas ao processo afirmam que os trâmites já foram iniciados.
O desastre que interrompeu a operação do tradicional bondinho da capital portuguesa ocorreu após a desconexão do cabo que ligava as duas cabines do elevador. O veículo, que liga a Praça do Rossio ao Bairro Alto, descarrilou e colidiu contra um imóvel a 60 km/h. Todo o evento se desenrolou em menos de 50 segundos.
Inaugurado na configuração atual em 1914, o Elevador da Glória era um dos pontos turísticos mais conhecidos de Lisboa, transportando moradores e visitantes em uma inclinação de 18% ao longo de 276 metros entre o centro da cidade e o bairro boêmio. A tragédia, que deixou 23 feridos no total — incluindo brasileiros.

Fonte original: abrir