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Lula critica guerra em Gaza e defende multilateralismo na Malásia

25/10/2025 11:15 Imirante - Política

<p><a target="_blank" rel="noopener noreferrer" href="https://www.imirante.com/politica"><strong>KUALA LUMPUR, MALÁSIA</strong></a> – O presidente Lula criticou neste sábado (25) a continuidade da guerra em Gaza e a resistência internacional em criar um Estado palestino. As declarações foram dadas durante a cerimônia de recebimento do título de doutor <i>honoris causa</i> em Filosofia e Desenvolvimento Internacional do Sul Global pela Universidade Nacional da Malásia, em Putrajaya, capital administrativa do país.</p><p>"<i>As comunidades universitárias em todo o mundo têm elevado suas vozes contra a brutalidade do genocídio em Gaza e contra a inércia moral que impede até hoje que o Estado Palestino seja criado. Quase sempre são os jovens que nos recordam que a paz é o valor mais precioso da humanidade</i>", disse o presidente Lula.</p><h3>Críticas ao protecionismo e às tarifas internacionais</h3><p>O presidente também afirmou que aumento de tarifas no comércio não pode ser usado como mecanismo de coerção internacional.</p><p>“<i>Nações que não se dobram ao colonialismo e à dicotomia da Guerra Fria não se intimidarão diante de ameaças irresponsáveis</i>", declarou, sem mencionar diretamente os Estados Unidos, que elevaram em 50% as tarifas de importação sobre produtos brasileiros no início de agosto.</p><h3>Defesa do multilateralismo e do Sul Global</h3><p>Ao tratar de reformas internacionais, Lula destacou a importância do Sul Global – conjunto de países da América Latina, Ásia e África com histórico de desigualdades – na promoção da justiça global.</p><p>"<i>A defesa de uma ordem baseada no diálogo, na diplomacia e na igualdade soberana das nações está no cerne da proposta brasileira de reforma das Nações Unidas, que sem maior representatividade o Conselho de Segurança seguirá inoperante e incapaz de responder aos desafios do nosso tempo</i>", disse.</p><p>O presidente também criticou a desigualdade de poder de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) e apontou que a paralisia da Organização Mundial do Comércio (OMC) prejudica as economias emergentes.</p><h3>Desigualdade econômica e modelo neoliberal</h3><p>Segundo Lula, a estrutura financeira mundial deve ser orientada para o desenvolvimento sustentável das nações emergentes.</p><p>"<i>Não podemos vislumbrar um mundo diferente sem questionar um modelo neoliberal que aprofunda desigualdades: 3 mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões desde 2015. Esta cifra supera o PIB nominal atual da ASEAN e do Brasil somados</i>", afirmou.</p><h3>Agenda na Malásia e encontro com Trump</h3><p>O presidente Lula permanecerá na Malásia até terça-feira (28), participando de encontros com empresários da Malásia e da Asean – bloco de países do Sudeste Asiático.</p><p>Neste domingo (26), está prevista uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para buscar soluções sobre as tarifas aplicadas aos produtos brasileiros importados pelos norte-americanos.</p>

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