Internações por gripe aumentam no Rio de Janeiro e Espírito Santo, diz Fiocruz
Os casos graves de gripe causada pelo influenza A (do qual faz parte o H1N1) continuam aumentando em São Paulo e avançaram para o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, de acordo com informações do último Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (30). Por outro lado, em Goiás e no Distrito Federal, onde já havia uma segunda onda bastante atípica do vírus para esta época do ano, os casos graves mostram sinal de início ou manutenção de queda. A análise é referente ao período de 19 de agosto a 25 de outubro.
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Outro vírus que também está causando um aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) é o Sars-CoV-2, causador da Covid-19. De acordo com o Infogripe, as hospitalizações por Covid-19 continuam aumentando em toda a Região Sul e em São Paulo, mas ainda em níveis baixos de incidência. O único estado que apresenta incidência moderada de casos graves pelo vírus é o Espírito Santo, mas os casos de SRAG entre os idosos apresentam sinal de queda.
Segundo Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo Boletim InfoGripe, o rinovírus tem impulsionado o aumento do número de casos de SRAG em crianças e/ou adolescentes no Acre, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Além disso, o metapneumovírus também tem contribuído para o crescimento do número de casos de SRAG em crianças no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina, além do adenovírus no Mato Grosso do Sul.
"Diante do cenário de aumento dos casos de SRAG por Covid-19 e influenza A em alguns estados, é fundamental que a população mais vulnerável, como idosos, pessoas com comorbidades e imunocomprometidos, que têm maior risco de desenvolver quadros mais graves dessas doenças, mantenham a vacinação em dia contra esses vírus. Para quem mora em regiões com alta de casos de SRAG, recomendamos o uso de máscara em locais fechados, com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde", afirma a cientista, em comunicado.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 22,5% de influenza A, 1,4% de influenza B, 7,2% de vírus sincicial respiratório, 38,4% de rinovírus e 14,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos no mesmo recorte temporal foi de 20,2% de influenza A, 2,8% de influenza B, 3,9% de vírus sincicial respiratório, 27,5% de rinovírus e 44,9% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
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