
Ex-presidente do INSS diz que pediu investigação sobre fraudes, mas foi ignorado
CPI é interrompida após ex-presidente do INSS se desentender com o relator: 'O senhor me r
O ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto disse em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os descontos indevidos em aposentadorias que pediu esclarecimentos em outubro do ano passado para a Polícia Federal e Polícia Civil de São Paulo sobre o esquema, mas foi ignorado.
Quando o escândalo de desvio de pensões no INSS se tornou público, Stefanutto foi demitido do cargo.
À CPI, ele afirmou que, quando ainda comandava o INSS, enviou dois ofícios, um para cada órgão respectivamente, pedindo esclarecimentos das investigações em curso.
"Eu oficiei a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo para que pudesse dar mais elementos, ainda que houvesse uma investigação onde eu poderia ser objeto, poderiam ter dado mais elementos para a gente para que a gente pudesse tomar outras providências. Eu espero a resposta desses ofícios até hoje", disse.
O esquema já estava em investigação pela Controladoria-Geral da União desde maio.
"A CGU já tinha ido à Polícia Federal antes até de a gente ter conhecimento das fraudes", disse o ex-presidente.
O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Divulgação/INSS
O depoimento de Stefanutto foi marcado por uma série de interrupções motivadas por protestos do depoente em relação ao tratamento dispensado a ele por deputados e senadores. Inicialmente,
Stefanutto chegou a dizer que se recusaria a responder perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), mas na sequência se desculpou e retomou seu depoimento.
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