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Marina Perez Simão leva pinturas abstratas à São Paulo, Tóquio e para Bienal no Uzbequistão

13/10/2025 07:30 O Globo - Rio/Política RJ

São as cores vibrantes, em primeiro lugar, que capturam os olhos dos visitantes que chegam à exposição individual de Marina Perez Simão, de 45 anos, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Em cartaz até dia 19 de outubro, “Diapasão” reúne 80 trabalhos da artista brasileira, que tem chamado atenção do mercado internacional. No conjunto, há telas de grandes proporções, aquarelas, desenhos e algumas experimentações feitas ainda no início da carreira da colorista, nascida em Vitória e criada entre Belo Horizonte e Rio. “É um momento em que estou mais confortável e à vontade com a minha prática. É difícil ser artista”, diz.
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O que se vê nas obras — sobretudo no conjunto de mais de uma dezena de quadros feitos especialmente para a exposição do Instituto Tomie Ohtake — é a tentativa de, como ela mesma diz, “desobedecer as leis da paisagem”, com uso intenso de cores e linhas que interligam as obras dispostas lado a lado nas paredes circulares. Os trabalhos, por sua vez, surgem sem título, para que o visitante não seja sugerido a uma “narrativa”, como explica Marina: “Evito detalhes, é para você olhar e fazer suas próprias conexões, de acordo com seu mundo interno.”
Curador da exposição, Paulo Miyada faz a sua análise: “São pinturas feitas de gestos, sem régua, sem máscara, sem controle. Todos os traços dependem muito do movimento do corpo da Marina, do tamanho do arco de seu braço. Ela tende aos abaulados e às curvaturas.”
No Uzbequistão: parceria com artista local para moisaico de grandes proporções
Divulgação
Além da mostra individual em São Paulo, Marina está com uma obra integrando a Bienal de Bukhara, no Uzbequistão, na Ásia Central. Trata-se de um mosaico, feito no chão, em parceira com o mestre em cerâmicas Bakhtiyar Babamuradov. “Essa participação reforça o quanto sua obra é expressiva, emocionante e presente”, diz Pedro Mendes, amigo e um dos sócios da Mendes Wood DM, galeria que representa Marina ao lado da Pace Gallery. Num ano especialmente intenso, a artista ainda se prepara para uma exposição na Pace de Tóquio, em que dividirá espaço justamente com o trabalho de Tomie Ohtake (1913-2015), a partir de 4 de novembro. “Por sua obra, Tomie nos faz pensar nas coisas mais ‘macro’ da vida. Nos planetas, no céu. Tem também essa pesquisa enorme em cores. É uma honra poder estar perto”, declara-se.

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