Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

De presidente do STM a ministra do TSE: saiba quem são as 13 mulheres sugeridas por entidades para vaga no STF

13/10/2025 19:29 O Globo - Rio/Política RJ

Com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará um novo magistrado à Corte. Diante dos principais nomes cogitados até agora, entidades divulgaram uma nota pública, na última sexta-feira, para pedir que uma mulher seja nomeada para o cargo. Atualmente, o STF conta com apenas uma ministra, Cármen Lúcia, que está no tribunal desde 2006 e tem previsão de se aposentar em 2029. Nos bastidores, os quatro cotados que despontam como favoritos para ocupar a cadeira de Barroso são homens.
Otoni de Paula defende indicação de Jorge Messias ao STF: 'Conservadorismo se impõe por inteligência'
Sonar: Bolsonaristas comemoram nota do governo dos EUA que contradiz Moraes sobre viagem de Filipe Martins ao país
Segundo as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça, a saída de Barroso "abre uma janela única" para que o STF se alinhe ao compromisso de promover a "igualdade na Justiça brasileira". De acordo com as entidades, é preciso promover um "debate profundo" sobre a baixa representação feminina em cargos de direção. O grupo também argumenta que o pedido não é recente, além de ressaltar a necessidade de mulheres negras ocuparem a Corte.
"Não é por falta de excelentes nomes de mulheres que Lula deixará de indicar uma ministra para a Suprema Corte, reduzindo a constrangedora e histórica desigualdade de gênero", diz a nota, que fez uma lista com os nomes de 13 mulheres que poderiam ocupar a cadeira no Supremo.
Conheça as indicadas
Adriana Cruz
A professora da PUC-Rio e juíza Adriana Cruz é ex-secretária nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo a primeira mulher e pessoa negra a exercer a função. Ela é doutora em Direito Penal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e tem forte atuação em pesquisas voltadas para as relações raciais e de gênero nas instituições do sistema de Justiça.
Adriana Cruz
Divulgação
Daniela Teixeira
Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira foi indicada ao cargo pelo próprio presidente Lula, em 2023. Foi vice-presidente da OAB-DF entre 2016 e 2019. Em 2017, ela recebeu o diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós, concedido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, por sua atuação na área. Em 2023, em entrevista ao GLOBO, Daniela criticou a baixa representação feminina no Judiciário.
Entrevista: 'Somos 50% da população, mas há tribunais com mais Luiz do que mulheres', diz nova ministra do STJ
Ministra Daniela Teixeira é contra a criação de mandatos em cortes superiores: estipular prazo afeta a independência
Brenno Carvalho / Agência O Globo
Dora Cavalcanti
A advogada criminalista Dora Cavalcanti é conselheira do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), organização voltada a promover o acesso à Justiça e a fortalecer o direito à ampla defesa, que ajudou a criar em 1990. Foi vice-presidente do instituto por mais de 10 anos, presidente de 2002 a 2007, e presidente do Conselho Deliberativo de 2015 a 2019. Ela já atuou para Odebrecht, Janot e Sérgio Nahas. Neste ano, Dora publicou um artigo no GLOBO sobre a prisão de Carla Zambelli.
Dora Cavalcanti: Fatos ainda têm peso e consequência no Direito
Dora Cavalcanti
Reprodução/Instagram
Edilene Lobo
Doutora em Direito Processual Civil pela PUC-Minas, Edilene Lobo é ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela também é professora de Processo Eleitoral na Pós-Graduação da PUC-Minas e professora convidada da Universidade Sorbonne-Nouvelle, em Paris. Empossada no TSE em 2023 por indicação de Lula, Edilene se tornou a primeira mulher negra do tribunal.
'Esse lugar não é só meu', diz primeira ministra negra do TSE em discurso de estreia na Corte
A advogada Edilene Lobo, ministra substituta do TSE
Divulgação/TSE
Flávia Carvalho
Flávia Carvalho é juíza de direito no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), juíza auxiliar no STF e doutora em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo (USP). Ela também faz parte do grupo que organiza o Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (Enajun) e o Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e todas as formas de Discriminação (Fonajurd).
Escolhida por Barroso, juíza negra assume ouvidoria do STF: Flávia Carvalho tem como função aproximar a Corte da sociedade
A juíza Flávia Carvalho
Brenno Carvalho/Agência O Globo
Karen Luise
Membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) desde agosto, Karen Luise é juíza do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) e juíza auxiliar do CNJ. Ela é mestre em direitos humanos, interculturalidade e desenvolvimento pela Universidade Pablo de Olavide, na Espanha, e se destaca no CNJ por sua atuação voltada para programas de equidade racial.
Karen Luise
Reprodução/Instagram
Kenarik Boujikian
Secretária nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas desde 2024, Kenarik Boujikian é desembargadora aposentada do TJ-SP. Foi procuradora

Fonte original: abrir