
Cotado para STF, Pacheco participa de encontro com Alcolumbre, Fachin e Gonet
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), participou nesta segunda-feira de um encontro com os presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, e do Superior Tribunal de Justiça, ministro Herman Benjamin, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Inicialmente, a reunião era apenas com o atual presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), porém ele fez questão de incluir o colega em um momento em que Pacheco é um dos cotados a ser indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a vaga no STF deixada por Luis Roberto Barroso.
“Foi um encontro marcado pelo diálogo aberto e pela parceria institucional em busca do melhor para o país. Fiz questão da presença do presidente @rodrigopacheco, autor do projeto de atualização do Código Civil e presidente da comissão temporária criada para debater o tema. Conversamos sobre questões importantes para o Brasil e que vêm sendo debatidas desde a gestão de Pacheco à frente do Senado”, escreveu Alcolumbre nas redes sociais.
Segundo o presidente do Senado, eles também conversaram sobre projeto que trata dos percentuais de custas da Justiça Federal, iniciativa que conta com o apoio da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça.
“Também tratamos da regulamentação da emenda constitucional sobre a Relevância, que disciplina os recursos especiais no STJ. Esse é um assunto que venho acompanhando pessoalmente, junto ao presidente Pacheco, na busca por um alinhamento entre o Poder Judiciário e a OAB”, escreveu Alcolumbre.
Pacheco é apontado como o preferido do Senado para indicação que deverá ser feita por Lula. Além dele, também estão cotados o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Tribunal de Contas Bruno Dantas.
Os favoritos para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada na quinta-feira, reúnem diferentes níveis de apoio no Palácio do Planalto, no Congresso e na própria Corte.
O entorno de Lula avalia que Messias larga na frente pela maior proximidade com o chefe do Executivo, responsável pela indicação. Já Pacheco tem o endosso de grande parte da Casa que já presidiu, e que tem a tarefa de votar o nome escolhido, e de uma ala forte no STF.
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas corre por fora, mas conta com boas relações nos três Poderes. Procurados, os três cotados não se manifestaram.
Pacheco tem Alcolumbre, como principal cabo eleitoral para sua ida à Corte. Além disso, é o candidato favorito de uma ala do STF. Pacheco e Alcolumbre são muito próximos e se revezaram nos últimos anos na presidência do Senado, e o apoio do atual comandante é visto como essencial para passar qualquer indicação.
Sua experiência de dois mandatos no comando do Legislativo também levou Pacheco a ter aval de boa parte dos senadores para ir ao STF. Sua trajetória como presidente da Casa, e, portanto, de um Poder da República, além de sua interlocução com os outros Poderes são vistas como ativos importantes, especialmente em momento de tensão entre Judiciário e Legislativo.
Na Corte, Gilmar Mendes, já manifestou publicamente preferência por ele, destacando a “coragem” e preparo jurídico. Os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia também são apontados como simpáticos à indicação.
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