Rio terá lavanderias comunitárias: primeira será no Pavão-Pavãozinho e Cantagalo

O Rio de Janeiro vai ter sua primeira lavanderia comunitária até novembro, com a inauguração de um equipamento na Comunitária do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (PPG), entre Copacabana e Ipanema, por iniciativa do governo do estado. Inspiradas em experiências semelhantes realizadas no México e na Colômbia, as lavandeiras terão também outros serviços. Mais nove unidades estão previstas em diferentes áreas da cidade.
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Com investimento estimado em R$ 220 mil, a lavanderia do PPG terá dez máquinas de lavar e secar, tanques e balanças para pesagem das roupas. A capacidade de atendimento será de mais de 40 pessoas diariamente.
A iniciativa faz parte do programa Cidade Integrada, e é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher, com execução da Empresa de Obras Públicas (Emop). No local, serão oferecidas oficinas de empreendedorismo feminino, e profissionais de saúde mental atenderão homens e mulheres em busca de escuta e apoio.
— É a oportunidade perfeita para mulheres empreenderem, participarem de rodas de conversa e se sentirem valorizadas. Quando a mulher tem seu tempo reconhecido e encontra apoio, toda a família melhora junto. O espaço é para todos que carregam a responsabilidade do cuidado —diz Jussara Coutinho, coordenadora de arquitetura do Cidade Integrada e idealizadora do projeto.
Além do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, também vão receber lavanderias comunitárias Cesarão, Fumacê, Cidade de Deus, Central do Brasil, Sepetiba, Barreira do Vasco, Nova Holanda (Maré), Mangueira e Rocinha. Ruth Jurberg, coordenadora geral do Cidade Integrada, explica que os projetos serão customizados para cada uma das regiões.
O prédio do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo onde a lavanderia vai funcionar terá outras obras, incluindo reforma da portaria, dos elevadores e dos andares.
Nascida e criada no Cantagalo, Fayane Bemvindo da Silva, de 31 anos, vê na novidade a chance de ter mais qualidade de vida.
— Essa lavanderia vai mudar a minha vida e a da minha filha. O tempo que eu gastaria lavando roupa, vou poder usar para estar com ela, levá-la ao parque ou até cuidar de mim mesma. Além de economizar luz e água, vai ser um espaço diferente, com profissionais preparados para ouvir e apoiar. Isso faz toda a diferença para quem, como muitas mulheres daqui, vive uma rotina pesada — diz.
Simone da Silva, 48 anos, dona de um restaurante no Cantagalo, concorda.
— Essa obra é um grande progresso para a comunidade. Muitas famílias não têm máquina ou água suficiente em casa e terão a vida facilitada.
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