Logo
Tudo que você precisa saber sobre as eleições em um só lugar

Quem é Adilsinho? Cassino on-line de grupo ligado a contraventor movimentou R$ 130 milhões em três anos

16/10/2025 12:49 O Globo - Rio/Política RJ

Apontado pela polícia como sendo ligado a um grupo que opera um cassino on-line clandestino que movimentou R$ 130 milhões em três anos e que é alvo da Operação Banca Suja, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira, Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, é um antigo conhecido das autoridades de segurança cariocas. Considerado foragido, o contraventor controla a fabricação e a venda de cigarros ilegais na Região Metropolitana do Rio e, hoje, já expande seus negócios ilegais para outros estados.
Cedae x Águas do Rio: O erro que pode custar R$ 900 milhões ao Estado do Rio e pelo qual ninguém assume a responsabilidade
Lei Seca: 'Pobre de merda, vai morrer trabalhando', disse acusado de ser chefe da quadrilha dos fuzis a agente do Detran ao ser parado em blitz
Adilsinho nasceu em maio de 1970 em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, numa família de bicheiros que agia naquela região. O pai era sócio da banca "Paratodos" e logo enriqueceu com a jogatina. Todos se mudaram para o Leblon, bairro abastado na Zona Sul da capital, onde o contraventor passou a infância e a juventude. E ainda novo começou a se envolver nos negócios ilegais que viria a herdar.
Foi na contravenção — baseada no monopólio e na corrupção policial — que Adilsinho buscou inspiração para começar a construir seu império, que conta com pelos menos 34 PMs em sua escolta. A Polícia Federal aponta que, a partir de 2018, ele passou a reinvestir o dinheiro do jogo ilegal na produção e comercialização de cigarros clandestinos, vendidos abaixo do preço mínimo de R$ 6,50 por maço, fixado por decreto.
'Não sabia que usariam minha assinatura': Após Câmara de Niterói emitir nota de repúdio, ex-vereador acusado de conceder moções sem valor legal se defende
Para eliminar concorrentes, a quadrilha de Adilsinho coage comerciantes a venderem apenas os produtos do grupo. Quem não segue a imposição é eliminado a tiro. A impunidade para o bando é assegurada pela infiltração no aparelho estatal. Entre execuções de desafetos, sequestros e atentados, a quadrilha do contrabandista tem participação em pelo menos 26 crimes ao longo das últimas duas décadas, afirmam as autoridades de segurança.
Festa no Copacabana Palace
Em maio de 2021, em plena pandemia de Covid-19, Adilsinho atraiu os holofotes ao fazer uma festa black-tie no lendário hotel Copacabana Palace. O contraventor recebeu 500 parentes, amigos e artistas para comemorar seu aniversário. Na época, os convites enviados foram em formato de vídeo com a trilha sonora da trilogia “O Poderoso Chefão”, que narra a saga dos mafiosos da família Corleone.
Novas construções no Centro e no Porto esbarram em tombamentos históricos: No Castelo, um dos berços do Rio, projeto está emperrado há 11 anos
Pouco mais de dois anos depois, Adilsinho foi procurado em sua cobertura na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste carioca, por policiais civis, que tinham em mãos um mandado de prisão por homicídio. Não havia ninguém em casa.
Além da ligação com o jogo do bicho e a máfia do comércio ilegal de cigarros, o contraventor é apontado como o mandante dos assassinatos do miliciano Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, e de Alexsandro José da Silva, o Sandrinho, numa investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Initial plugin text

Fonte original: abrir