
Desabafo de Britney Spears sobre manipulação reacende debate sobre abuso emocional; entenda o que é gaslighting
Britney Spears voltou às manchetes ao se manifestar sobre as declarações de Kevin Federline, que serão publicadas em seu livro de memórias, "You Thought You Knew", com lançamento previsto para 21 de outubro. Nas redes sociais, a cantora fez um desabafo, acusando o ex-marido de praticar "gaslighting", termo que descreve uma manipulação psicológica destinada a distorcer a percepção da realidade de alguém.
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"É doloroso e cansativo", afirmou Britney. "Sempre implorei e gritei para ter uma vida ao lado dos meus meninos. Tenho me sentido desmoralizada por essa situação e sempre pedi, quase supliquei, para que eles fizessem parte da minha vida", relatou.
A artista ainda rebateu as alegações sobre abuso de substâncias e lamentou ser alvo de especulações sobre sua saúde mental. "Se você realmente me conhece, não vai dar atenção aos tabloides", completou.
Gaslighting e fama: psicólogo analisa desabafo de Britney Spears sobre manipulação emocional do ex-marido
Getty Images
Para o psicólogo Alexander Bez, especialista em saúde mental e relacionamentos, o relato de Britney revela uma dinâmica emocionalmente desgastante, marcada por manipulação e desvalorização.
"O gaslighting é uma forma sutil, mas extremamente destrutiva de abuso psicológico. Ele mina a autoconfiança e faz com que a pessoa duvide das próprias emoções, lembranças e percepções. Em longo prazo, pode gerar ansiedade, culpa e um profundo sentimento de invalidação", explica.
Alexander destaca que essas situações tendem a ser ainda mais dolorosas quando envolvem filhos e exposição pública, como no caso da cantora.
"Quando a manipulação ocorre numa família e é amplificada pela mídia, o impacto emocional é devastador. A pessoa se vê tentando provar sua verdade não apenas para os filhos, mas para o mundo inteiro. Isso pode agravar quadros de sofrimento psíquico e comprometer o vínculo afetivo com os adolescentes", pontua.
Bez reforça a importância de compreender que relações abusivas nem sempre são explícitas. "Muitas vezes, o agressor utiliza o discurso de preocupação ou de amor como justificativa para controlar ou invalidar o outro. Identificar isso é o primeiro passo para romper o ciclo e recuperar a autonomia emocional", conclui.
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