
Palhaças baianas celebram 20 anos com turnê especial
Como parte do projeto Se Vira nos 20!, que celebra duas décadas de atividades do grupo de palhaçaria Nariz de Cogumelo (que serão completados em 2026), as ruas e praças de Salvador (Campo Grande, Candeal, Vale das Pedrinhas), Lauro de Freitas e Itaparica estão recebendo dois espetáculos do grupo: Clássicos, o Filme e É das Palhaças que Eles Gostam Mais.Desde o início do ano, o grupo vem promovendo uma série de ações formativas e artísticas, incluindo oficinas e intercâmbios. Agora, até 16 de novembro, o Nariz de Cogumelo realiza uma temporada de apresentações gratuitas dos dois espetáculos já citados.Referência na palhaçaria feminina em Salvador, o grupo tem como objetivo pesquisar e difundir a arte do palhaço por meio de criações autorais e releituras de cenas clássicas em espetáculos de rua e cabarés.Atualmente, é formado pelas palhaças Luiza Bocca, Laili Flórez e Larissa Uerba, além dos músicos Diogo Flórez e Pedro Vieira.A soteropolitana Larissa Uerba, 39, diz que Se Vira nos 20! é uma grande homenagem à trajetória do grupo. “Também é uma celebração com quem sempre esteve conosco, que é o público. O projeto celebra o protagonismo feminino na palhaçaria, na arte circense”.“Queremos celebrar o lugar da arte como um lugar democrático, político, social, de acesso a qualquer pessoa. A rua é um palco muito rico. Na palhaçaria, a gente celebra a nossa humanidade”, alinhava Uerba.Ela conta também que Clássicos, o Filme é mais voltado para a palhaçaria tradicional, mas sempre com a versão da Nariz de Cogumelo. “O espetáculo passou por nova reestruturação cênica e a gente trouxe o lugar cênico do cinema também. É um espetáculo para a família inteira. Que a gente não perca o poder de sorrir pra vida”.
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Ótica feminina
| Foto: Divulgação
Para a soteropolitana Luiza Bocca, 40, que além de palhaça é produtora, É das Palhaças que Eles Gostam Mais – carro-chefe do grupo – é um espetáculo de releituras, pela ótica feminina, e de rotinas clássicas do circo.“A gente brinca com o clichê entre o masculino e o feminino, os padrões de gênero. É um espetáculo em que o público joga junto e também cria cenas juntos. Os espaços abertos têm a possibilidade do imprevisível e as pessoas ficam muito à vontade. As variáveis são múltiplas dentro de um espetáculo de rua e isso torna ele muito interessante”, comenta Bocca.Todo ritmado pela música, É das Palhaças... já foi apresentado também fora do Brasil e é sempre um espetáculo novo, segundo Luiza. “Como é interativo, por mais que você já tenha assistido várias vezes, sempre vai ser algo divertido e diferente, afinal cada lugar, cada público é único”.Repertório autoral
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