
Operação da Polícia Civil em Paraisópolis prende 11 suspeitos e deixa um morto
Uma operação da Polícia Civil de São Paulo na favela de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, resultou na prisão de 11 pessoas e na morte de um suspeito nesta quinta-feira (16). A ação mirou em uma quadrilha envolvida em roubos de celulares, alianças e motocicletas. Ao todo, foram cumpridos 36 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão.
Dos 36 mandados, 15 foram cumpridos — 11 em Paraisópolis e quatro contra pessoas que já estavam presas por outros crimes. Segundo os investigadores, os outros 20 alvos ainda não foram localizados, devido à dificuldade de encontrá-los dentro da comunidade.
— Esses que não foram presos e foram identificados saíram da escuridão. Agora jogamos luz sobre eles, e serão procurados — afirmou o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Ronaldo Sayeg.
De acordo com a investigação, a quadrilha teria ligação com Suedna Barbosa Carneiro, conhecida como “Mainha do Crime”, presa em 18 de fevereiro. Ela é apontada como responsável por coordenar e financiar uma série de assaltos na capital paulista, além de fornecer armas, munições e placas falsas para os crimes.
Suedna, por exemplo, teria relação com os responsáveis pela morte do ciclista Vitor Medrado, em fevereiro, e do arquiteto Jeferson Dias Aguiar, em abril deste ano.
O suspeito morto na operação desta quinta-feira foi Guilherme Heisenberg da Silva Nogueira, conhecido como “Bronx”, alvo de mandado de prisão temporária. Segundo a polícia, ele reagiu à abordagem atirando com um revólver calibre .38 e foi morto.
— Esse indivíduo tinha passagem por roubo à mão armada, era perigoso e conhecido na região por pedir armas e munição — afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.
— Todos esses indivíduos com mandado de prisão têm relação direta ou indireta com a Mainha do Crime — completou.
Ainda segundo os investigadores, a quadrilha concentrava sua base em Paraisópolis, embora parte dos membros fosse de outras regiões. Na comunidade, receptadores mantinham uma tabela com valores de joias, motos e celulares, com diferenças de preço entre os aparelhos desbloqueados ou não.
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