CEOs de gigantes globais se reúnem com negociador comercial chinês em meio a tensões entre EUA e China

CEOs de empresas globais, incluindo Tim Cook, da Apple, reuniram-se nesta quinta-feira com o principal negociador comercial chinês, He Lifeng, em Pequim, em um encontro que coincidiu com um aumento nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos.
Os executivos fazem parte de um conselho consultivo da Escola de Economia e Administração da Universidade de Tsinghua, que normalmente se reúne anualmente. Cook é o presidente desse comitê.
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He, que também é vice-primeiro-ministro da China, reiterou que o país está disposto a aprofundar os laços com todas as nações e disse esperar que os membros do conselho apoiem ativamente o desenvolvimento econômico do país, informou a agência estatal Xinhua, citando a reunião realizada na Casa de Hóspedes do Estado Diaoyutai, em Pequim.
Reuniões com líderes chineses de alto escalão raramente são confirmadas até o último minuto, e o relatório da Xinhua não identificou os executivos que se encontraram com He. O encontro planejado já havia sido antecipado pela Bloomberg News.
A reunião ocorre em um momento delicado das relações bilaterais, já que os EUA pediram uma resposta coordenada com outros países às restrições chinesas sobre terras-raras anunciadas na semana passada. As novas regras exigiriam aprovação da China para produtos que contenham até mesmo traços de certos minerais. Pequim justificou suas ações como medidas defensivas após Washington impor novas restrições ao país, após negociações comerciais em Madri, em setembro.
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O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse na quarta-feira, durante um fórum da CNBC em Washington, que o presidente Donald Trump ainda deve se reunir com o líder chinês Xi Jinping no fim deste mês, na Coreia do Sul. Bessent também afirmou que há “grande chance” de ele viajar à Ásia antes de Trump para se encontrar com He.
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No ano passado, o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang reuniu-se com representantes do conselho consultivo de Tsinghua e acolheu suas sugestões sobre a economia chinesa. O conselho foi criado em 2000 para reunir executivos, administradores e acadêmicos a fim de discutir questões econômicas e o desenvolvimento da escola de administração.
Cook, que presidiu o conselho consultivo no ano passado, prometeu na quarta-feira, em Pequim, aumentar os investimentos na China durante uma reunião com o ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Li Lecheng. Cook também anunciou uma doação à Universidade de Tsinghua, a instituição mais prestigiada do país e alma mater de Xi Jinping.

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