
Fritura no Corinthians piora clima de Memphis com direção e elenco e Copas ajudam guerra fria a não esquentar
O sorriso de Memphis Depay flagrado durante o jogo contra o Santos tem mais de nervoso do que de alegria com a situação vivia no Corinthians. Pessoas próximas ao holandês dão conta de que o clima que já era ruim com a direção do presidente Osmar Stabile agora se estende ao elenco.
Segundo o blog apurou, o movimento no Parque São Jorge para "queimar" o estrangeiro para que ele alivie os cofres do clube segue em "fogo alto". Mas diante do contrato até o meio de 2026 e com a possibilidade real de disputar uma Copa do Mundo com a Holanda no horizonte, Memphis prefere não se rebelar com o tratamento que está recebendo e tem um dia a dia cada vez mais protocolar.
A série de críticas recebidas nos últimos meses, desde a saída do presidente Augusto Melo, vão além de uma imagem no banco de reservas com aparente descompromisso. Passam pelos luxos como a mansão onde vive em São Paulo e até a suposta prioridade à seleção em detrimento do Corinthians.
Quando foi cobrado por torcidas organizadas, porém, Memphis não deixou de dar sua opinião sobre o que acha que está errado. Além da questão financeira, que motiva a sua "fritura" por conta das altas dívidas em aberto, o jogador também fez queixas sinceras sobre a qualidade do elenco. E isso foi levado ao grupo, piorando o clima. Com Dorival Junior e sua comissão técnica, a relação é fria.
Amigos de Memphis admitem o isolamento do estrangeiro e a "sinuca" em que se encontra. Com vínculo até o Mundial nos EUA, o objetivo é cumprir o contrato e seguir jogando. Um rescisão, ainda que amigável, impediria essa boa sequência até a Copa. Também por isso, Memphis sorri. Com salário de quase R$ 5 milhões, sabe que precisa receber o combinado e tem feito a sua parte.
Em grande fase na seleção holandesa, com direito a gol e duas assistências essa semana, contra a Finlândia, o meia-atacante não quer sair fugido do Brasil. Sabe que encontrar onde jogar no fim do ano não é o melhor dos cenários. E quem o defende no departamento de futebol Corinthians ainda o vê como capaz de fazer a diferença nesta temporada. A guerra fria, a "fritura", deve se estender até a semifinal da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, que só acontece no fim de novembro. Até lá, o cabo de guerra no Corinthians está empatado. E Memphis é o único que em campo pode fazer a diferença.
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