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China acusa EUA de ataques cibernéticos contra órgão que regula relógios

20/10/2025 07:01 O Globo - Rio/Política RJ

A China acusou os Estados Unidos neste domingo de terem realizado, entre 2022 e 2024, ataques cibernéticos contra o órgão que regula todos os relógios do país, o que, segundo Pequim, pode ter provocado graves danos a infraestruturas essenciais, especialmente de telecomunicações. O Centro de Tempo (NTSC) é um órgão oficial chinês responsável pela medição e divulgação do horário oficial na China.
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Nos últimos anos, Pequim intensificou as advertências sobre supostas atividades de espionagem estrangeira, em um contexto de crescente deterioração de suas relações com Washington e outras potências ocidentais.
Em uma declaração publicada na conta oficial do Ministério de Segurança do Estado chinês no WeChat, o órgão afirmou ter encontrado "provas irrefutáveis" de esforços da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) para hackear o Centro Nacional de Serviços Meteorológicos chinês entre 2022 e 2024.
A instalação coordena os relógios em todo o país, por exemplo, os utilizados em servidores de computadores, estações ferroviárias e redes elétricas. O ministério acusou a NSA de explorar vulnerabilidades no serviço de mensagens de uma marca estrangeira não especificada de celulares para roubar credenciais das contas de acesso dos funcionários do centro.
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Os ataques poderiam ter colocado em risco as redes de energia elétrica, de transporte e até mesmo os lançamentos espaciais, afirmou o ministério.
"Nos últimos anos, os Estados Unidos têm buscado agressivamente a hegemonia cibernética, violando repetidamente as regras internacionais do ciberespaço", acrescentou o ministério em seu comunicado.
A nota também pede que os cidadãos chineses a fiquem atentos a ataques estrangeiros e informem as autoridades sobre atividades suspeitas. Vários países ocidentais também acusaram grupos de hackers supostamente apoiados pela China de realizar uma campanha global de espionagem cibernética contra críticos do regime de Pequim, instituições democráticas e empresas de setores estratégicos.
Washington afirmou no ano passado que um agente patrocinado pelo Estado chinês estava por trás de uma invasão cibernética ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Na época, Pequim classificou as acusações como "infundadas".
"Provas irrefutáveis demonstram que os Estados Unidos são o verdadeiro 'império hacker' e a maior fonte de caos no ciberespaço", afirmou o Ministério da Segurança do Estado em seu comunicado.

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