Castro admite que estado ultrapassou sua capacidade de combater crime e que pedidos de blindados das Forças Armadas foram negados
O governador Cláudio Castro (PL) admitiu nesta terça-feira que o combate ao tráfico de drogas no Rio excede a capacidade do Estado do Rio. Ele disse concordar com a frase da porta-voz da Polícia Militar que na véspera afirmou que a guerra entre facções ultrapassa os limites de atuação dos policiais fluminenses. Castro ainda cobrou ajuda do governo federal, sobretudo dos blindados das Forças Armadas, mas disse ter recebido reiteradas negativas da União sobre o tema. Nesta terça-feira, uma megaoperação contra o Comando Vermelho realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital, que deixou ao menos 18 suspeitos e dois policiais mortos.
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— Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com a Segurança Pública. É uma operação de estado de Defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o estado devera estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio maior e, de até, das Forças Armadas. É uma luta que já extrapolou toda a ideia de Segurança Pública e que está na Constituição. O Rio está sozinho nessa guerra — disse o governador.
O governador Cláudio Castro (PL) ainda afirmou que o Rio está em "estado de alerta para possíveis retaliações" de traficantes por causa da da operação.
— Estamos em estado de atenção e alerta para possíveis retaliações. A polícia está toda na rua e todos os batalhões estão em prontidão. Temos relatos que eles tentaram fechar a Avenida Brasil e outras vias para tentar desviar (a atenção da operação) — disse o governador.
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A megaoperação
Uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, deixou dois policiais civis mortos e ao menos outro sete agentes feridos, na manhã desta terça-feira. Dois suspeitos que seriam da Bahia também morreram. Quatro moradores também foram atingidos.
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O objetivo da ação é cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), 30 deles de fora do Rio, escondidos nos dois conjuntos de favelas, identificados pela investigação como bases do projeto de expansão territorial do CV. Até o fim da manhã, 56 pessoas foram presas e 31 fuzis foram apreendidos na ação, que mobiliza 2,5 mil policiais e também promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). De acordo com a Polícia Civil, 18 suspeitos foram mortos.
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