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Brasil e EUA confirmam encontro entre Lula e Trump para este domingo

26/10/2025 04:34 G1 - Política

Lula diz esperar encontro com Trump e acredita em solução
A Casa Branca dos Estados Unidos confirma encontro de Donald Trump com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste domingo (26) na Malásia.
A correspondente Raquel Krahenbuhl, da TV Globo, confirmou que o encontro será às 4h30 no horário de Brasília (15h30 no horário local de Kuala Lumpur), segundo informações do governo brasileiro.
O que esperar do encontro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devem se encontrar presencialmente neste domingo (26) na Malásia.
Os dois presidentes estão no país para participar de encontros com líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Esse será o primeiro encontro oficial entre Lula e Trump desde o início da crise provocada pelo tarifaço de 50% aplicado pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. E também desde que Trump assumiu a presidência do país norte-americano.
Neste sábado (25) , o presidente brasileiro disse estar confiante de que a conversa pode levar a uma solução para as divergências entre os dois países.
“Eu trabalho com otimismo que a gente possa encontrar uma solução”, afirmou. “Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Então pode ficar certo que vai ter uma solução”.
A declaração foi dada horas depois de Trump confirmar, em entrevista a repórteres a bordo do avião presidencial americano, que o encontro deve ocorrer neste domingo (26). O líder dos Estados Unidos também sinalizou que pode rever o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, “sob as circunstâncias certas”.
Durante o embarque para a Ásia, um repórter perguntou se ele reduziria as tarifas sobre o Brasil. “Sob as circunstâncias certas”, respondeu o presidente americano.
Lula diz que vai conversar com Trump sobre tarifas e sanções a ministros: 'Quero provar que houve equívoco'
👉🏽Há expectativa de que o encontro sirva para reorganizar a relação bilateral, abalada desde o anúncio do tarifaço americano sobre produtos brasileiros.
Os dois líderes vêm se aproximando desde setembro. Durante a Assembleia das Nações Unidas, Lula e Trump se cruzaram e afirmaram ter tido uma “boa química”.
Além disso, no início deste mês os dois conversaram por cerca de 30 minutos em uma ligação intermediada pelas diplomacias dos dois países.
Durante essa conversa, Lula solicitou a Trump a revogação das sanções contra autoridades brasileiras e pediu a retirada de uma sobretaxa de 40% para entrada de produtos brasileiros nos EUA, em vigor desde agosto.
A expectativa é que os dois assuntos sejam abordados por Lula no encontro deste domingo. Auxiliares de Lula não descartam que o presidente brasileiro aproveite a ocasião para falar também sobre as investidas de Trump contra Venezuela e Colômbia.
O presidente brasileiro já deixou claro que é contra qualquer tipo de tentativa de intervenção em países da América do Sul e pretende abordar ações recentes dos EUA na Venezuela, incluindo ataques a barcos na costa venezuelana e operações secretas da CIA, justificadas pelo governo norte-americano como combate ao narcotráfico.
Lula alerta que tais medidas podem agravar a instabilidade regional e enfraquecer a soberania dos países, defendendo que o diálogo diplomático prevaleça sobre intervenções militares.
Tarifaço
Um dos temas que deve ser abordado na reunião é o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump a produtos brasileiros — culminando em uma sobretaxa de 50%.
Ao justificar as taxas, o mandatário norte-americano chegou a citar questões econômicas, como um suposto déficit com o Brasil – inexistente de acordo com números oficiais.
Mas também apontou questões políticas relacionadas com o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e "direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos", entre outros.
Sanções a ministros
Além das tarifas, os Estados Unidos também sancionaram ministros da Suprema Corte brasileira. Em julho, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, informou que foram revogados os vistos americanos do ministro do STF Alexandre de Moraes e de outros sete ministros.
Além disso, sancionou o ministro Moraes com a lei Magnitsky, utilizada para punir estrangeiros. A Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a cidadãos estrangeiros. O objetivo é punir pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos ou de corrupção em larga escala.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou diretamente uma suposta "caça às bruxas" tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo por parte do ministro.
Tensão na Venezuela
A escalada militar americana na Venezuela também deve ser um dos assuntos abordados no encontro.
A presença de navios de guerra, aviões de combate, soldados e do porta-aviões USS Gerald R. Ford no Caribe, em operações justificadas pelos EUA como combate ao narcotráfico, tem gerado forte tensão na região.
Desde 2 de setemb

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