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Kamala Harris sugere nova candidatura à presidência dos EUA em 2028: 'Ainda não acabei'

25/10/2025 15:25 O Globo - Rio/Política RJ

A ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, sinalizou em entrevista recente à BBC que pode disputar novamente a presidência do país em 2028. Na ocasião, ela deu a entender que ainda não encerrou sua trajetória política e pareceu continuar motivada a atuar no cenário público norte-americano.
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A entrevista, conduzida pela jornalista Laura Kuenssberg e prevista para ir ao ar no domingo, foi a manifestação mais clara até o momento sobre uma possível nova candidatura de Harris. Derrotada por Donald Trump nas eleições de 2024, ela reconheceu o revés, mas deixou evidente que não descarta um retorno à corrida presidencial.
— Ainda não acabei. Vivi toda a minha carreira como uma vida de serviço, e isso está em meu sangue — afirmou, reforçando seu compromisso com causas públicas e com a ideia de continuar servindo ao país.
Ao refletir sobre o futuro político dos Estados Unidos, Harris expressou confiança de que o país verá uma mulher ocupar a presidência. Disse acreditar que suas sobrinhas-netas “com certeza, em suas vidas” testemunharão esse momento histórico. Questionada se essa mulher poderia ser ela própria, respondeu: “Possivelmente”, alimentando a especulação sobre uma nova campanha.
Mesmo fora de cargos públicos desde o fim do mandato, a ex-vice-presidente destacou que permanece envolvida nos debates políticos e que não se deixa influenciar por pesquisas eleitorais que atualmente apontam outros nomes à frente na disputa pela indicação democrata.
— Se eu ouvisse as pesquisas, eu não teria concorrido ao meu primeiro cargo, nem ao segundo — e certamente não estaria sentada aqui — afirmou.
Harris também fez duras críticas ao atual presidente, Donald Trump, acusando-o de agir de forma autoritária.
— Ele disse que iria instrumentalizar o Departamento de Justiça — e fez exatamente isso — declarou.
A democrata citou ainda o episódio recente em que o apresentador Jimmy Kimmel foi brevemente suspenso pela emissora ABC após comentários sobre a morte de Charlie Kirk, e observou que Trump celebrou a suspensão.
Para Harris, o caso ilustra o uso de poder político para intimidar críticos.
— Veja o que aconteceu em termos de como ele tem usado, por exemplo, agências federais para perseguir satiristas políticos. Sua pele é tão fina que não conseguiu suportar uma crítica vinda de uma piada e tentou silenciar toda uma organização de mídia no processo — afirmou.
Em outro momento, a ex-vice-presidente criticou líderes empresariais e instituições americanas que, segundo ela, cederam facilmente ao poder de Trump.
— Muitos se curvaram desde o primeiro dia, ajoelhando-se aos pés de um tirano — acredito que por vários motivos, incluindo o desejo de estar próximos do poder, de talvez ter uma fusão aprovada ou evitar uma investigação — disse.

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