Após vitória sobre Inglaterra, seleção brasileira tem disputa acirrada pela titularidade contra a Itália

Depois da vitória emocionante sobre a atual bicampeã europeia, a Inglaterra, por 2 a 1 no último sábado, a seleção brasileira que enfrentará a Itália nesta terça deve se apresentar de maneira bem diferente. Isso porque uma das principais características do treinador Arthur Elias é a de aproveitar todas as Datas Fifa para realizar o máximo de testes possíveis. Assim, a expectativa para o duelo no estádio Ennio Tardini, em Parma, às 13h15 é a de grandes mudanças entre as onze iniciais.
Para a seleção brasileira, a tendência é de que pelo menos parte da equipe que terminou o jogo contra a Inglaterra comece como titular. As atacantes Tainá Maranhão e Isa Caroline, que estrearam com a camisa da seleção brasileira ao substituir Ludmila e Dudinha, respectivamente, podem ganhar mais uma chance. E o mesmo deve ocorrer com Isabela Chagas, que ocupou a vaga de Luany na lateral esquerda também em sua primeira participação.
Entre as novidades nesta Data Fifa, a expectativa é pela estreia de Vitória Calhau na zaga. Sem Angelina, que cumpre suspensão automática pela expulsão no último amistoso, Ary Borges aparece como opção para formar dupla com Duda Sampaio na criação das jogadas — o setor ficou bastante prejudicado nos mais de 70 minutos sem a capitã, e Arthur Elias precisa selecionar a melhor opção para fazer a equipe voltar a ter jogadas trabalhadas.
No ataque, a indefinição sobre a titularidade continua, já que é a posição com mais convocadas. Amanda Gutierres — artilheira da Copa América e finalista do Bola de Ouro — é a principal candidata para ocupar o lugar de Bia Zaneratto, mas Jhennifer e Laís Estêvam esquentam a disputa.
O treinador também levará em conta a diferença do nível de competitividade. A Inglaterra de Sarina Wiegman representava uma ameaça mais assustadora ao Brasil do que a seleção italiana, mas a equipe vive momento de reformulação e apresenta bons resultados nos últimos meses, sob o comando de Andrea Sorcin. Tanto é que, no avanço inédito à semifinal da Euro, a Azzurre ia vencendo as inglesas até os 51 minutos do segundo tempo, mas sofreu o gol do empate no fim dos acréscimos e acabou sendo eliminada na prorrogação.
O resultado foi decepcionante, mas o embate — e a trajetória em toda a competição — mostrou as credenciais da Itália no cenário mundial. Ainda na segunda prateleira, a equipe mira voos mais altos e conta com a liderança das veteranas Barbara Bonansea e Cristiana Girelli, poderosas forças do ataque italiano. Elas são as duas maiores artilheiras da história da equipe, com 23 e 48 gols marcados pela Azzurre, respectivamente. E foi dos pés de Girelli que saiu a assistência para o gol de Greggi no empate em 1 a 1 com o Japão, na última sexta.
Eleita a melhor atacante do campeonato italiano pela Juventus em 2024, Sofia Cantore, de 26 anos, representa a potência da atual geração, e a defesa brasileira também precisa ficar atenta às movimentações da jogadora. E o caminho já é promissor para a continuidade da equipe: no Mundial Sub-17, a Iitália venceu o Brasil e se classificou em primeiro lugar do Grupo A para as oitavas de final.
— Será uma partida do mais alto nível. Na sexta-feira (contra o Japão), em Como, tivemos uma abordagem muito positiva. Amanhã será um jogo diferente, no qual precisaremos trazer energia e muita intensidade. Estamos otimistas, nos sentimos em casa e Parma tenho certeza de que veremos paixão em campo e nas arquibancadas — projetou Soncin na véspera do amistoso.

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