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Trombose: famosos que já enfrentaram a doença e os sinais que você não deve ignorar

13/10/2025 10:57 O Globo - Rio/Política RJ

Nesta segunda-feira (13), é celebrado o Dia Mundial da Trombose, uma data que busca chamar atenção para uma condição que, apesar de comum e potencialmente grave, ainda é subestimada por grande parte da população. Frequentemente silenciosa, a trombose pode afetar pessoas de todas as idades e estilos de vida, inclusive nomes conhecidos do grande público.
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Anitta, Gal Gadot, Serena Williams, Hillary Clinton, Susana Vieira, Claudia Alencar, Luciano Szafir e Túlio Gadêlha estão entre os muitos famosos que já tiveram diagnóstico de trombose em algum momento da vida. A modelo Sarah Femina, que sofreu complicações por embolia pulmonar, também trouxe luz à questão ao compartilhar sua experiência nas redes sociais. Mas afinal, o que causa a trombose, como identificá-la e, principalmente, como preveni-la?
Conversamos com o médico Tomaz Crochemore, doutor e mestre em coagulação, trombose e hemostasia e diretor médico da Werfen, para entender melhor os riscos e os cuidados com essa condição que, em muitos casos, poderia ser evitada com ações simples.
O que é trombose e por que ela é perigosa?
A trombose se dá pela formação de um coágulo (ou trombo) dentro de um vaso sanguíneo, o que pode impedir ou limitar a passagem do sangue. Segundo o especialista, "essa condição potencialmente fatal pode ocorrer em artérias ou veias e requer atenção médica imediata". Quando o coágulo se desloca para outras partes do corpo, como o pulmão, coração ou cérebro, pode provocar embolia pulmonar, infarto ou AVC.
Embora existam diferentes tipos, o mais comum é a trombose venosa profunda (TVP), geralmente nas pernas. Ela pode surgir sem aviso, com sintomas que muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com cansaço, dor muscular ou inchaço. Isso retarda o diagnóstico e agrava o quadro.
Quem corre mais risco?
Apesar de estar mais associada à idade avançada, a trombose não escolhe faixa etária. Jovens saudáveis também podem ser afetados em situações específicas, como viagens prolongadas, cirurgias, traumas, uso de anticoncepcionais ou durante a gestação e o pós-parto.
"Embora trombose seja mais comum em idosos ou pessoas com doenças associadas, jovens e indivíduos aparentemente saudáveis podem desenvolver trombose em situações que transitoriamente aumentam o risco", explica Crochemore.
Além disso, fatores genéticos como mutações no fator V de Leiden ou na Protrombina podem permanecer ocultos até que um gatilho externo, como uma infecção ou um longo voo, provoque o primeiro episódio.
Fatores de risco e estilo de vida
Entre os principais fatores associados à trombose estão imobilização prolongada, cirurgias, câncer, infecções graves (como a covid-19), obesidade, tabagismo e uso de hormônios, como anticoncepcionais ou reposição hormonal. Pessoas com histórico familiar da doença também merecem atenção.
"Na prática, isso inclui imobilização prolongada, cirurgias, infecções graves, câncer, uso de anticoncepcionais hormonais, obesidade, tabagismo e condições genéticas que aumentam a tendência à coagulação, chamadas trombofilias", esclarece o especialista.
Viagens longas, principalmente de avião, onde a mobilidade é restrita, são um alerta recorrente. A combinação de fatores aumenta ainda mais o risco. "Quando esses fatores se combinam, por exemplo, uma jovem que usa métodos contraceptivos e viaja por muitas horas, o risco aumenta exponencialmente", destaca.
Quais são os sintomas?
Os sinais mais comuns incluem dor, inchaço e vermelhidão nas pernas. No entanto, como reforça Crochemore, os sintomas podem ser leves e facilmente confundidos com outros quadros musculares, atrasando o diagnóstico. Em casos mais graves, quando o trombo se desloca e chega ao pulmão, o paciente pode sentir dor no peito, falta de ar, palpitações ou até sofrer uma parada cardíaca súbita.
Diagnóstico e exames
A detecção da trombose combina avaliação clínica e exames laboratoriais e de imagem. Um dos marcadores mais importantes é o D-dímero, capaz de indicar a presença de coágulos no organismo.
"Níveis normais praticamente descartam trombose nos pacientes com baixo ou moderado risco, enquanto valores elevados indicam necessidade de investigação complementar com imagem", afirma Crochemore.
O ultrassom Doppler venoso é o principal exame para confirmar a trombose nas pernas. Já a tomografia contrastada pode identificar quadros mais complexos, como a embolia pulmonar.
Como tratar a trombose?
O tratamento consiste, principalmente, no uso de anticoagulantes, como heparina, varfarina ou medicamentos orais diretos. Eles impedem o crescimento do trombo e evitam a formação de novos coágulos. Em situações graves, pode ser necessário recorrer à trombólise (dissolução do coágulo) ou até à cirurgia.
"Na maioria dos casos, o quadro é reversível com tratamento adequado, mas alguns pacient

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