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Avanços em direção a um futuro renovável

13/10/2025 10:39 O Globo - Rio/Política RJ

A energia é central nas nossas vidas para o sucesso da transição para um mundo com menos emissões de gases causadores das mudanças climáticas. Afinal, as empresas que produzem combustíveis e eletricidade são transversais, participando de todos os setores da economia. O Brasil está muito bem-posicionado nesse cenário: 49% de sua oferta é proveniente de fontes renováveis – muitos países trabalham, neste momento, para alcançar percentual semelhante ao longo das próximas décadas.
O setor de óleo e gás do país contribui de forma decisiva para este resultado: na sua produção, o petróleo brasileiro emite menos gases poluentes do que a média mundial.
Os campos de Tupi e Búzios, por exemplo, que respondem por mais de 40% da produção nacional, geram 10 quilogramas de CO2 por barril de óleo equivalente, a unidade de medida utilizada em todo mundo para comparar quantidades do produto. A média do país é 17. No mundo, é de 20. Esse feito é resultado de um amplo esforço em tecnologia, que garantiu que o setor se tornasse eficiente sem perder o foco na sustentabilidade.
Segurança energética
Esta é uma das diversas formas de como a indústria de óleo e gás explora caminhos para a descarbonização. O objetivo é contribuir com o combate às mudanças climáticas em diferentes frentes, sem perder de vista a importância de continuar produzindo os combustíveis que sustentam o setor produtivo e a vida em sociedade, como explica Roberto Ardenghy, CEO do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP):
— A transição energética não é uma corrida de 100 metros. É uma maratona. Os hidrocarbonetos vão continuar sendo fundamentais para a economia e a sociedade, já que entregam disponibilidade, confiabilidade e preço, características que ainda faltam a muitas das opções renováveis. Nos últimos anos, a indústria tem trabalhado para seguir contribuindo com a economia brasileira, com um forte olhar para o aspecto da sustentabilidade.
Roberto Ardenghy, CEO do IBP
Divulgação/IBP
A fim de difundir essa mensagem, o IBP lançou recentemente a campanha “Energia da Evolução”, que busca mostrar como o petróleo e o gás estão presentes no dia a dia – inclusive na forma de produtos de uso diário – e são essenciais para o futuro do país. Além disso, o petróleo e o gás natural responderam por 44% da oferta de energia primária no Brasil, em 2024, o que reforça seu papel estratégico que ajuda a assegurar a segurança energética e a soberania nacional.
Biocombustíveis e CCUS
O setor contribui de diferentes formas, complementares entre si, para assegurar a transição energética. Uma delas consiste no apoio à descarbonização dos transportes com base no uso de biocombustíveis, que emitem até 80% menos CO2. O Brasil é o segundo maior produtor mundial, resultado de décadas de investimento em tecnologias que viabilizaram e impulsionaram esta opção.
— Com o apoio do setor, o país pode liderar novos mercados de combustíveis sustentáveis, como é o caso do SAF na aviação, que vai atender a um dos setores de mobilidade mais estratégicos para reduzir as emissões — afirma o CEO do IBP.
Outras ações se apoiam na própria atividade das empresas do setor para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. É o caso das ferramentas de captura, uso e armazenamento de carbono, sintetizadas na sigla CCUS. São utilizadas para injetar CO2 em reservatórios geológicos ou em tanques de forma segura. Também permitem remover emissões que já estão na atmosfera. Esse material pode ser utilizado por indústrias que encontram maior dificuldade de reduzir suas emissões, como as de fertilizantes, cimento e aço.
O setor de óleo e gás apoia a descarbonização dos transportes com base no uso de biocombustíveis, como o biodiesel
banco de imagens
As CCUS também já são utilizadas com parte das técnicas de recuperação avançadas de reservatórios de hidrocarbonetos, como insumo para geração de energia, aquecimento de espaços e desenvolvimento de produtos de valor comercial nos setores de alimentação, petroquímica, de materiais de construção.
Apoio à pesquisa
O setor também está preparado para usar toda a sua experiência no oceano para apoiar o desenvolvimento da fonte eólica offshore. O Plano Decenal de Expansão 2031 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), por exemplo, atesta a importância da expertise destas empresas na instalação de estruturas, logística e operações no ambiente marinho.
Na base de todos esses avanços, está um compromisso histórico com Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Estabelecida nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural, existe uma cláusula que determina que as empresas petrolíferas devem realizar investimentos equivalentes a 1% da receita bruta em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
Empresas petrolíferas investem o equivalente a 1% da receita bruta dos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural em atividades de PD&I
banco de imagens
Desde 1998, com o estabelecimento das primeiras regulamentações sobre as obrigaçõe

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