
'Tabu' em Dubai: após viral de comissária de bordo argentina, veja salário de profissionais no Brasil
Uma comissária de bordo viralizou nas redes sociais ao revelar quanto ganha na companhia aérea Emirates, uma das mais luxuosas de Dubai. A argentina Victoria Pano afirmou receber cerca de US$ 3 mil por mês — o equivalente a mais de R$ 16 mil — com moradia e transporte pagos pela empresa. No vídeo, que teve grande repercussão nas redes sociais e provocou debates sobre o tema, ela afirmou que o salário destes profissionais é um "tabu", apesar de muitas informações serem públicas.
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No site da Escola Oficial de Comissários de Bordo, o salário inicial de um comissário de bordo no Brasil varia entre R$ 2,5 mil e R$ 5 mil. Com o avanço na carreira, o valor pode ultrapassar os R$ 10 mil, considerando bônus e benefícios adicionais. Em média, profissionais com experiência intermediária recebem entre R$ 3,5 mil e R$ 6 mil mensais.
Nas principais companhias aéreas do país, as estimativas salariais são as seguintes, de acordo com dados do site Glassdoor:
LATAM Airlines Brasil: de R$ 3 mil a R$ 7 mil por mês.
Gol Linhas Aéreas: de R$ 3 mil a R$ 7 mil por mês.
Azul Linhas Aéreas: de R$ 3 mil a R$ 6 mil por mês.
Voepass Linhas Aéreas: de R$ 2 mil a R$ 6 mil por mês.
Entre as vantagens oferecidas pelas companhias estão diárias de viagem, seguro de saúde e de vida, vale-alimentação, vale-refeição, previdência privada e auxílio-creche. Muitos profissionais também têm direito a passagens aéreas com desconto ou gratuitas — benefício que, em alguns casos, é estendido a familiares diretos.
O trabalho de comissário de bordo exige disponibilidade para viagens constantes, inclusive à noite e nos fins de semana. Os profissionais precisam manter exames de saúde atualizados e seguir protocolos rigorosos de segurança durante o voo.
A Convenção Coletiva da categoria também prevê adicionais como 20% de periculosidade, horas de sobreaviso, horas de reserva, repouso remunerado e acréscimos por voos noturnos, diurnos e realizados aos fins de semana.
Outro atrativo da profissão é a curta duração do curso de formação. Em instituições como o CEAB Brasil, a formação pode ser concluída em quatro a seis meses, o que permite o ingresso rápido no mercado de trabalho. O curso é voltado para a prática e prepara o aluno para situações reais de bordo.
O cargo não exige diploma universitário, o que torna a carreira acessível a quem busca estabilidade e boa remuneração sem a necessidade de formação superior.
Com o tempo, há oportunidades de ascensão na hierarquia de cabine, como a função de chefe de equipe, além de cargos administrativos ou instrutoria em escolas de aviação.
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