
SP Gastronomia atrai 30 mil com chefs renomados e shows
Nos dois últimos fins de semana, a Ilha Musical do Parque Villa-Lobos, na Zona Oeste de São Paulo, virou ponto de encontro para quem gosta de comer bem. O SP Gastronomia ocupou o espaço reunindo grandes nomes da culinária paulistana em um só espaço, com aulas, shows e uma feira de produtores locais. Cerca de 30 mil pessoas estiveram no evento.
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Além de receitas tradicionais, os visitantes encontraram pratos exclusivos, criados especialmente para o festival. Entre os pratos mais disputados da edição de 2025, o campeão foi o cheeseburger da Maturatta. Ele é seguido pelo torresmo de panceta da Casa do Porco, o baião de dois e o dadinho de tapioca do Mocotó, o hambúrguer do Osso e o tekkadon do Aizomê (arroz para sushi, com fatias de atum, algas e ovas).
Falamansa agita o público do SP Gastronomia
Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo
Os palcos do evento garantiram a trilha sonora para cada dia, com uma programação musical que celebrou a música brasileira em diferentes ritmos. O público pôde curtir desde o samba raiz de Jorge Aragão até o forró contagiante do Falamansa. Já o rock nacional marcou presença com os Titãs, e o funk melody, com Buchecha. Para os amantes do sertanejo, a dupla Israel e Rodolffo também fez a festa.
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No primeiro sábado, quem passou pelo evento pôde curtir um dia de calor no gramado, rodeado de boa música e muitas receitas. O ambiente agradável atraiu famílias e entusiastas, como o casal Cibele Tolaini, de 34 anos, e Renan Albuquerque, de 31 anos. A dupla aproveitou o passeio de sábado para curtir o evento, acompanhada da pequena Catarina, de apenas 6 meses, que olhava todo o evento com muita atenção.
— Estamos começando a sair com a Catarina agora. Gostamos de comer bem, eu sou fissurado em gastronomia, sigo muitos chefs no Instagram e gosto de restaurantes que estão fazendo parte do evento, como A Casa do Porco — diz Renan, que, ao lado de Cibele, provou queijos e pratos da cozinha asiática, entre outras delícias. Antes de ir embora, a dupla não queria deixar de provar o sorvete da Frida & Mina, também presente no evento.
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Casamento perfeito
No restaurante Escandinavo, a chef Denise Guerschman surpreendeu com o brigadeiro de queijo de cabra, batizado de “brigadeiling”. O queijo utilizado na receita é uma versão tradicional norueguesa, o brunost, importado pelo restaurante.
— É o casamento perfeito do doce de leite com o queijo de cabra. É indescritível. — descreve a chef Denise Guerschman.
Quase todos os restaurantes trouxeram uma opção doce para complementar o cardápio de salgados. É o caso do Grand Hyatt, que trouxe a torta caprese, servida com calda de chocolate, damasco, chantilly e zest de laranja, conforme explicou o pastry chef, Fernando Welter:
— É uma sobremesa não muito doce, mas também não é insossa. Tem um doce e aquela pitadinha de chocolate bem legal. Estamos tendo bastante procura e pelo que a gente está vendo o pessoal está gostando bastante.
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Para quem procurou a culinária asiática, o Aizomê trouxe duas opções de sobremesas: o mini bombom de chocolate ao leite, recheado com creme de avelã e bolinhos de chocolate, e o mousse de yuzu, com cambuci, matchá e menta. Além disso, como prato SP Gastronomia, exclusivo para o evento, o restaurante optou pelo tako dango, um bolinho de polvo, com molho japonês agridoce e maionese.
— É um prato exclusivo do evento. É geralmente muito popular nas feiras de rua do Japão — diz a chef Telma Shimizu. — Tem polvo e alguns vegetais (na composição).
Telma Shiraishi, chef do Aizomê
Edilson Dantas/Agência O Globo
Entre aulas e shows, os visitantes também puderam experimentar pratos veganos e vegetarianos, cheios de cor, textura e sabor, provando que a gastronomia vegetal pode conquistar qualquer paladar. No Capim Santo, fez sucesso com a moqueca de banana-da-terra, palmito pupunha e castanha de caju, acompanhada de farofa de dendê, que se tornou uma das mais procuradas. A chef Gabriela Medeiros diz que a versão sem proteína animal tem agradado até quem não é vegetariano:
— Quando a gente fala de algo vegetariano, as pessoas sempre esperam uma comida sem graça, e esse não é o caso da nossa moqueca, que traz muito sabor e brasilidade. É um prato muito quentinho, ótimo para esse fim de semana chuvoso, e mais do que as pessoas esperam.
Moqueca vegana do Capim Santo
Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo
A cozinha portuguesa também marcou presença. Na Tasca da Esquina, o Arroz de Tomates à moda portuguesa valorizou o frescor dos tomates com cogumelos. Já para quem buscava os sabores
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