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Revista francesa reconhece violação de privacidade do príncipe William e de Kate Middleton após ação judicial: 'Grosseiramente invasivo'

31/10/2025 04:00 O Globo - Rio/Política RJ

A revista francesa Paris Match reconheceu oficialmente ter violado a privacidade do Príncipe William e de Kate Middleton ao publicar fotos do casal e dos filhos durante férias em Courchevel, nos Alpes franceses, em abril deste ano. As imagens, obtidas por paparazzi, motivaram uma ação judicial movida pelo casal, que pedia indenização por danos à vida privada.
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Segundo o Palácio de Kensington, os advogados de William e Kate informaram a um juiz francês que abririam mão do pedido de compensação caso a Paris Match publicasse uma nota reconhecendo a violação. A revista atendeu à condição e trouxe o comunicado em sua edição mais recente.
A nota, publicada em francês, afirma que um tribunal concluiu que o artigo e as fotografias nas versões impressa e online da Paris Match “violaram o respeito devido à vida privada e os direitos que o Príncipe e a Princesa de Gales e seus filhos têm sobre sua imagem”.
O Palácio descreveu o artigo como um “artigo grosseiramente invasivo”. Com a publicação da nota judicial, William e Kate retiraram o pedido de indenização.
Histórico de disputas com a imprensa
O caso retoma uma série de embates entre a família real britânica e veículos de imprensa, especialmente sobre limites de privacidade. Em 2017, Kate recebeu 100 mil euros de indenização após processar outra revista francesa pela publicação de fotos tiradas com lente de longo alcance enquanto ela tomava sol de topless, durante férias em 2012.
A morte da mãe de William, a princesa Diana, em 1997, em Paris, enquanto era perseguida por fotógrafos, é lembrada como fator de maior sensibilidade do príncipe em relação à atuação da mídia francesa.
Tanto William quanto seu irmão, o príncipe Harry, moveram múltiplos processos contra editoras por invasão de privacidade.
Em 2020, segundo documentos apresentados por Harry em outro processo, o grupo de jornais de Rupert Murdoch teria pago a William uma “quantia enorme” para encerrar uma disputa sobre a invasão de seu celular — informação que não foi confirmada nem por William, nem pela News Group.
Harry, por sua vez, optou por levar publicamente suas ações contra grupos de mídia. Em janeiro, encerrou um processo contra a News Group após acordo substancial que incluiu o reconhecimento de que investigadores particulares contratados pelo The Sun haviam atuado de forma “ilegal”.
Declarações do Palácio e posicionamento de William
Em comunicado, o Palácio de Kensington reiterou que o casal “têm direito ao respeito por suas vidas privadas e ao tempo em família, sem interferência e invasão ilegais.” O texto acrescenta: “O Príncipe e a Princesa de Gales estão comprometidos em proteger o tempo em família e em garantir que seus filhos possam crescer sem escrutínio e interferência indevidos. Eles não hesitarão em tomar as medidas necessárias para fazer valer esses limites”.
Segundo o texto, William tem sido particularmente vigilante quanto à privacidade da família.
— Quem ultrapassar esse limite, eu enfrentarei. Trata-se de saber onde está a linha — afirmou o príncipe em entrevista recente ao ator e comediante Eugene Levy.
William evita expor sua vida doméstica. Ele não mostra sua casa em Windsor, não permite acesso à mulher ou aos filhos e afirma buscar preservar uma “zona de privacidade” ao redor da família, ao mesmo tempo em que planeja mudanças no papel da monarquia quando se tornar rei.

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