'Rei morto, rei posto': Lula diz que Bolsonaro faz parte do passado após encontro com Trump
Durante coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia, nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz parte do "passado da política brasileira", além de afirmar que Trump vai perceber que "Bolsonaro era nada" após três reuniões entre os chefes de estado. A declaração de Lula veio após o encontro com o presidente dos EUA Donald Trump, que tratou da revisão das tarifas americanas sobre produtos brasileiros.
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Lula disse estar otimista e disse prever acordo com o Trump "em poucos dias". Lula também disse que, na ocasião, tentou explicar ao americano que foi equivocada a ideia de que a condenação de Bolsonaro foi ilegal.
— Ele sabe que rei morto, rei posto. O Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. Eu ainda disse para ele (Trump), com três reuniões que você fizer comigo, você vai perceber, sabe, que o Bolsonaro era nada, praticamente — afirmou.
Após a reunião de domingo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, negociadores de Brasil e Estados Unidos fizeram, na manhã desta segunda (noite de domingo no Brasil), em Kuala Lumpur, a primeira reunião para encaminhar as negociações comerciais entre os dois países, em torno do tarifaço de 50% imposto pelo governo americano a importações brasileiras.
— Estou convencido de que em poucos dias teremos uma solução entre o Brasil e os EUA — disse Lula em coletiva de imprensa na capital da Malásia. — Estou muito otimista em relação à reunião. Não estou pedindo nada que não seja justo para o Brasil.
Lula afirmou ter explicado a Trump que também é equivocada a ideia de que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro foi ilegal. Disse ter contado ao americano sobre a “gravidade” do que Bolsonaro e seu círculo político tentaram fazer no Brasil, incluindo um plano para matá-lo. Acrescentou que o ex-presidente foi condenado dentro do devido processo legal, com amplo direito de defesa, e deu detalhes dos crimes e provas apresentadas no julgamento.
— A nossa relação não tem nada a ver com a posição ideológica de cada um, mas com o fato de que ele foi eleito presidente dos EUA e eu do Brasil. Eu o respeito por isso e quero que ele me respeite por isso. É simples — afirmou o presidente brasileiro.
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