Príncipe Andrew tentou usar influência para que polícia investigasse mulher que o acusou de abuso sexual

Envolvido em uma série de polêmicas, o príncipe Andrew, do Reino Unido, que renunciou nesta sexta-feira ao seu título real, usou sua influência como duque de York para fazer a polícia investigar Virginia Giuffre, a mulher que o acusou de abuso sexual quando era menor de idade.
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De acordo com um e-mail obtido pelo jornal britânico Daily on Sunday, Andrew teria solicitado ao seu guarda-costas, membro da Polícia Metropolitana, que verificasse antecedentes criminais de Virginia nos Estados Unidos, fornecendo até mesmo a data de nascimento e o número do seguro social da vítima.
O episódio reacende uma crise que se arrasta há mais de 15 anos e voltou aos holofotes com o anúncio do livro póstumo de Virginia Giuffre, no qual ela descreve o duque como “arrogante” e afirma que ele via o sexo com ela como um “direito de nascença”.
O príncipe sempre negou as acusações de agressão sexual e evitou um julgamento em Nova York após alcançar um acordo milionário com Virginia, que havia iniciado ações legais contra ele em 2021. A vítima se suicidou em abril, aos 41 anos de idade.
O escândalo ainda se intensifica devido à relação de Andrew com o criminoso sexual americano Jeffrey Epstein. Em mensagem enviada a Epstein, Andrew afirmou: “estamos juntos nisso”, apenas três meses depois de declarar publicamente que havia cortado qualquer contato com o financista. O conteúdo da correspondência contradiz a entrevista concedida pelo duque em 2019 ao programa Newsnight, na qual afirmou ter rompido completamente os laços com Epstein em 2010.

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