
Vida de luxo: quadrilha presa por aplicar golpes bancários ostentava Porsche, itens da Louis Vuitton e passeios de iate nas redes sociais; vídeo
Os quatro integrantes da quadrilha especializada em aplicar o chamado "golpe da falsa central de banco" foram encontrados numa mansão de alto luxo na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio, na quinta-feira (16). O imóvel dispõe de comodidades como piscina, sauna, sala de jogos, academia, ampla área de convivência ao ar livre e espaço gourmet. Eles chegaram ao local quatro dias antes de serem presos, no último domingo (12), e estavam pagando uma diária de R$ 6 mil. Mais do que viver um rotina de alto padrão, eles gostavam de ostentá-la nas redes sociais.
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Quadrilha que aplicava o golpe da falsa central de banco ostentava vida de luxo nas redes
Uma das integrantes da quadrilha, Caroline da Silva de Araújo, de 28 anos, costumava se exibir em vídeos e fotos dirigindo uma Porsche. Em uma publicação nas redes, chegou a mostrar o valor pago num tênis da Louis Vuitton: R$ 8.300.
— Eles ainda tinham três funcionários para servi-los na mansão onde foram encontrados: uma cozinheira, uma faxineira e um piscineiro — conta o delegado Ângelo Lages, titular da 12ª DP (Copacabana), responsável pelas prisões. — Eles usavam o dinheiro roubado para bancar e ostentar uma vida de luxo, com carros importados, imóveis de alto padrão, joias, artigos de grife e passeios de iate. Não se importavam em gastar o dinheiro dos outros.
Veja mansão de luxo em que quadrilha que aplicava golpe da falsa central de banco foi pres
Como funcionava o golpe
Na quinta-feira (16), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Andrey da Silva Raimundo, de 21 anos, Caio Henrique Domingos da Silva, de 22, Caroline da Silva de Araújo, de 28, Felipe Domingos Vicente da Silva, de 30, todos de São Paulo e apontados como chefes da quadrilha especializada no “golpe da falsa central de banco”, que fez mais de duzentas vítimas em todo o país e movimentou mais de R$ 25 milhões em três anos.
O golpe ocorria quando criminosos se passavam por funcionários de instituições financeiras e, com aparência de legitimidade, induziam as vítimas a acreditar que havia uma fraude em suas contas. Sob esse pretexto, orientavam-nas a fornecer senhas, instalar aplicativos de acesso remoto ou realizar transferências para contas controladas pelo grupo criminoso.
Três dos quatro integrantes da quadrilha que aplicava o golpe da falsa central de banco
Reprodução
De acordo com o delegado Ângelo Lages, os alvos preferenciais da quadrilha eram idosos. Uma das primeiras vítimas do bando é de Florianópolis. A próxima etapa da investigação no Rio é saber se houve vítimas em território fluminense.
— Eles tiveram acesso privilegiado, a investigação ainda não sabe como, a cerca de 70 mil dados de clientes de instituições financeiras. E não só informações de cadastro, mas a quantia que a pessoa tinha na conta bancária, valor do cheque especial, valor de investimento, além de foto e nome do gerente da agência. Com isso em mãos, eles ligavam para os correntistas se passando pelo gerente e incutiam o medo nesses clientes. Diziam que a conta estava prestes a sofrer uma fraude e que havia um PIX de R$ 30 mil, R$ 50 mil agendado. Achando que sofreria uma fraude, a vítima acabava fornecendo seus dados ou transferindo valores para contas da quadrilha. Depois, os integrantes sacavam esse dinheiro e faziam depósito fracionados, de R$ 2 mil, em contas de empresas de fachada ligadas à quadrilha — detalha Lages.
Mulher integrante da quadrilha que aplicava o golpe da falsa central de banco
Reprodução
As investigações apontam que, o bando usava empresas de fachada para ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores roubados, que usados na compra de veículos, imóveis e artigos de luxo. A Justiça determinou bloqueios judiciais de até R$ 14 milhões dos investigados (pessoas físicas e jurídicas), indisponibilidade de imóveis, sequestro de veículos e apreensão de bens de alto valor, como joias, relógios, roupas de grife e perfumes importados.
Origem das investigações em Florianópolis
As investigações tiveram início em julho de 2024, após uma vítima de Florianópolis sofrer prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. A partir das diligências, foi possível identificar os responsáveis pelo golpe, todos residentes no estado de São Paulo.
Foram expedidos 11 mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão. Na última terça-feira (14), a Polícia Civil de Santa Catarina, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, deflagrou a Operação Central Fantasma e cumpriu em São Paulo, Guarulhos e Bertioga os mandados de busca e prendeu quatro criminosos. Foram recolhidos aparelhos celulares dos investigados, que ajudarão na continuidade das investigações, e apreendidos aproximadamente R$80 mil em espécie e um veículo HONDA/HRV.
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