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Plantio da soja em MS atinge 47,8% com chuvas irregulares

29/10/2025 01:36 Campo Grande News - Política

O plantio da soja da safra 2025/2026 alcançou 47,8% da área cultivável em Mato Grosso do Sul até o dia 24 de outubro, segundo boletim divulgado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho) e pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária). O avanço ocorreu com o retorno gradual das chuvas, mas o ritmo segue 7,2 pontos percentuais abaixo do mesmo período do ciclo anterior, devido à influência do fenômeno La Niña, que mantém as precipitações irregulares em grande parte do Estado. As regiões mais adiantadas são a Sul, com 58,7% da área plantada; a Centro, com 35,3%; e a Norte, com 23,1%. No total, o Estado já semeou 2,29 milhões de hectares e deve atingir 4,79 milhões até o fim da janela ideal de plantio, que vai de 17 de outubro a 14 de novembro. A projeção indica uma produção de 15,19 milhões de toneladas, com produtividade média de 52,82 sacas por hectare. A área total é 5,9% maior que a da safra 2024/2025, mostrando a continuidade da expansão da cultura da soja em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), o Estado permanece sob a atuação de um La Niña de intensidade fraca a moderada, o que mantém a incerteza sobre o regime de chuvas. A previsão aponta precipitação acumulada entre 500 e 700 milímetros entre novembro e janeiro, com temperaturas médias de 24 a 28 °C, ligeiramente acima do padrão histórico. A irregularidade das chuvas exige manejo técnico e escalonamento do plantio para reduzir os riscos de perda de produtividade. No mercado, a saca de soja foi cotada a R$ 125,38 no dia 27 de outubro, com leve alta semanal de 0,25%, mas queda de 10,22% em relação ao mesmo período do ano passado. A comercialização da safra 2025/2026 está em 16%, ritmo 11,3 pontos percentuais inferior ao registrado na temporada anterior. Em Campo Grande, a maior valorização semanal foi de 1,57%, enquanto Chapadão do Sul e Dourados tiveram oscilações positivas de até 0,82%. O boletim indica que o Estado segue com desempenho positivo na produção de milho da segunda safra 2024/2025, que atingiu 14,22 milhões de toneladas, aumento de 68,2% em relação ao ciclo anterior. A área cultivada ficou em 2,1 milhões de hectares, 0,1% acima do ano passado, e a produtividade média chegou a 112,7 sacas por hectare, alta de 68,1%. A colheita foi concluída em setembro, com 68,5% da produção já comercializada. O preço médio do milho foi de R$ 51,81 por saca, com valorização semanal de 0,61%, embora o valor ainda seja 13% menor que o de 2024. Os dados mostram que a segunda safra ocupou 46% da área destinada à soja, percentual menor que os 75% registrados em anos anteriores. A Aprosoja/MS atribui a redução ao alto custo de produção e às condições climáticas que elevaram o risco de perdas. O levantamento meteorológico também confirmou que setembro registrou déficit de chuvas em 62 das 64 estações monitoradas, com precipitação abaixo da média em quase todo o Estado. Apenas Aral Moreira apresentou volume acima do esperado, com 149 milímetros, 39% acima da média histórica. O SPI (Índice Padronizado de Precipitação) indicou seca mais intensa nas regiões Leste, Bolsão e Norte, enquanto o Pantanal apresentou excedente de chuva. Para os próximos meses, o Cemtec projeta tempo instável, com previsão de chuvas esparsas e variação de temperatura. O modelo do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos aponta 70% de probabilidade de ocorrência de La Niña entre novembro e janeiro. Segundo a Famasul, as oscilações do clima exigem planejamento técnico e reforço das práticas de manejo para garantir estabilidade na produção agrícola de Mato Grosso do Sul. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .

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