Tráfico de drogas: crime hediondo
A recente declaração do presidente Lula, afirmando que traficantes seriam vítimas dos usuários, é preocupante, inadequada e profundamente desrespeitosa com os cidadãos de bem e com os profissionais da segurança pública. O tráfico de drogas é crime hediondo, reconhecido pela legislação brasileira, e representa uma das maiores ameaças ao Estado Democrático de Direito. Estima-se que cerca de 26% da população — aproximadamente 50 milhões de brasileiros — vivam sob o controle do tráfico, o maior índice da América Latina. Esse poder paralelo, sustentado pelo comércio de drogas, alimenta o crime organizado, a violência e o medo nas comunidades. Nos últimos anos, o consumo de cocaína dobrou, sobretudo entre os mais jovens, colocando o Brasil na lamentável posição de segundo maior consumidor dessa substância no mundo. O resultado é visível nas ruas: em diversas cidades, inclusive em Campo Grande, o aumento do número de dependentes químicos e de pessoas em situação de rua tem transformado regiões inteiras, gerando insegurança e sofrimento para muitas famílias. A segurança pública é hoje a principal preocupação dos brasileiros, segundo diversas pesquisas. Basta conversar com quem vive próximo a uma “boca de fumo” para compreender o impacto devastador dessa realidade. Quando a polícia age de forma firme e direcionada, desmontando esses pontos de tráfico, o sentimento nas comunidades é de alívio e esperança. É a sensação concreta de que a ordem e a tranquilidade estão sendo restabelecidas. Por isso, o trabalho policial deve ser constantemente valorizado, apoiado e fortalecido. O combate ao tráfico de drogas e aos crimes dele decorrentes precisa ser realizado com firmeza, rigor e respaldo institucional. O cidadão de bem não é culpado — é vítima de um sistema criminoso e perverso. O traficante não é um coitadinho: ele é um agente ativo da destruição de vidas e famílias. Para aprimorar a segurança pública, o governo federal deve estabelecer um percentual constitucional mínimo de investimento no setor, à semelhança do que já ocorre com a saúde e a educação. Além disso, é fundamental a criação de um Ministério da Segurança Pública dedicado exclusivamente a coordenar políticas, integrar forças e garantir recursos permanentes para proteger os brasileiros. Os policiais são defensores da cidadania e dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Juraram proteger a sociedade, mesmo com o risco da própria vida — e por isso merecem não apenas respeito, mas também reconhecimento, valorização e apoio efetivo do Estado e da população.
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